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19.08.2015 - Governo federal e organização ecumênica debatem situação de imigrantes haitianos no Brasil
Foto: Naiara Pontes/SG
Um comitê ecumênico composto por 25 instituições religiosas brasileiras, o Fórum Ecumênico ACT Brasil, entregou nesta quarta-feira (19/08) ao ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) um manifesto que identifica as principais reinvindicações de haitianos que migraram para o Brasil. O documento propõe que sejam criadas políticas públicas efetivas que proporcionem igualdade de condições de trabalho para estrangeiros no Brasil, para facilitação de aquisição de moradias, do acesso ao Financiamento Estudantil (Fies) e à educação superior; agilidade na emissão de documentos e garantia de direitos à livre organização em associações.
O encontro, realizado no Palácio do Planalto, em Brasília, contou com a presença de Renel Simon, representante da Associação de Imigrantes Haitianos em Lajeado (RS) e do secretário Nacional de Justiça e presidente do Comitê Nacional para Refugiados (Conare/MJ), Beto Vasconcelos, que elencou algumas medidas do governo federal de estímulo à cidadania e para garantia de uma vida segura aos imigrantes no Brasil, como a ampliação da quantidade de vistos emitidos para haitianos – já são 1.800 vistos emitidos por mês, com possibilidade de ampliação para dois mil – e o lançamento de uma campanha nacional de enfrentamento à xenofobia. “O governo federal descentralizou para unidades dos governos estaduais e municipais, a emissão da carteira de trabalho para imigrantes haitianos a fim de facilitar a documentação. Um passo básico para cidadania”, pontuou Vasconcelos.
Imigração e cidadania
“Já que este é um processo permanente e estamos sempre nos construindo, podemos dizer que os haitianos também formam o povo brasileiro. Todos com as suas diferenças contribuem para esta grande nação e é esta diversidade que nos torna melhores. No fim, somos todos viajantes em alguma parte desse planeta”. Foi com esta declaração que o ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) expressou a posição do governo federal em relação à vinda de imigrantes do Haiti para o Brasil.
Representante dos haitianos, Renel Simon nasceu em Arcahaie, cidade a aproximadamente 41 km da capital do Haiti, Porto Príncipe, vive há três anos vive no Brasil. O jovem estuda Relações Internacionais no Rio Grande do Sul e coordena a associação de imigrantes do Haiti neste estado. No encontro desta quarta-feira com o governo federal, Simon afirmou estar satisfeito em ouvir do governo que novas iniciativas estão sendo pensadas para melhorar o acolhimento de imigrantes: “a juventude está deixando o Haiti para vir ao Brasil e nós precisamos de um espaço aqui que nos atenda em Educação, uma riqueza para o nosso povo. Muitos de nós viemos com formação profissional, são acadêmicos e querem ingressar no mercado profissional ou em outra faculdade”, comenta.
Também estiveram presentes no encontro desta quarta-feira, representantes do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e da Secretaria de Direitos Humanos (SDH).
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