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09.10.2014 - Ecoforte é lançado na Região da Borborema
O primeiro convênio de projeto selecionado pelo edital Ecoforte (Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica) foi assinado na manhã de quarta-feira (08/10) na sede do Banco Mãe de Sementes, no município de Lagoa Seca, região da Borborema na Paraíba (PB). O lançamento Projeto “Rede de Agroecologia na Borborema”, coordenado pela Assessorias e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA), contou com a participação do ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Laudemir Muller, e do ministro em exercício da Secretaria-Geral da Presidência da República (SG-PR), Diogo de Sant’ana.
A iniciativa é uma das três propostas selecionadas no Nordeste pelo Programa Ecoforte. O montante de recursos a ser liberado é de R$ 1,274 milhão e a previsão é atender cerca de 800 famílias por meio de convênio. Marcelo Galassi, da coordenação da AS-PTA na Paraíba, apresentou o projeto a ser desenvolvido na Borborema. Ele explicou que o projeto proporcionará o aprofundamento do aumento de escala da produção agroecológica no território, fortalecendo iniciativas de convivência com o semiárido e o consequente aumento da produção de alimentos de qualidade. “A compra de matrizes de ovinos para estimular a criação de fundos rotativos solidários, a aquisição de barracas para a estruturação de feiras agroecológicas e a compra de motoensiladeiras para aumentar a quantidade de forragem armazenada estão entre os investimentos do projeto na região”.
O Ecoforte vai fortalecer um trabalho que está se desenvolvendo na região há cerca de 20 anos. O "Rede de Agroecologia na Borborema” está estruturado em torno de cinco eixos temáticos: os Bancos de Sementes Comunitários; Unidades Itinerantes de Beneficiamento de Forragem; Quintais Agroecológicos; Fundos de Repasse em Cadeia de Pequenos Ruminantes e Feiras Agroecológicas. Na região de atuação do Polo da Borborema, que inclui 14 municípios, o objetivo do projeto é contribuir para a recomposição da capacidade produtiva, da segurança alimentar e da geração de renda das famílias agricultoras do Agreste paraibano. O projeto incorpora um foco particular em relação a dois dos mais vulneráveis segmentos da agricultura familiar: mulheres e jovens.
O ministro Laudemir Muller destacou os avanços das políticas públicas que, segundo ele, foram conquistas da sociedade organizada. Ele reafirmou a importância estratégica da agricultura familiar de base agroecológica: “Precisamos avançar no modelo de produção da agricultura familiar, que produz um alimento limpo, livre de veneno, isso é bom para a sociedade e gera renda para os agricultores. Não podemos apenas produzir, temos que nos organizar para vender também, o melhor modelo para o Brasil é a agroecologia”, finalizou.
Após a cerimônia, a comitiva de autoridades, formada por cerca de 20 pessoas, visitou a feira com a exposição de produtos e experiências da agricultura familiar de base agroecológica, montada no espaço exterior do Banco Mãe de Sementes, além do ambiente que demonstra um quintal produtivo. As autoridades puderam conhecer de perto as experiências e interagir com os agricultores e as agricultoras locais.
O Ecoforte integra o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Brasil Agroecológico) e apoia projetos voltados à intensificação das práticas de manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade e de sistemas produtivos orgânicos e de base agroecológica. O total de recursos financeiros não reembolsáveis previsto para apoio a projetos selecionados neste primeiro edital é de R$ 25 milhões. Foram selecionados 18 projetos nacionais e três em cada região, num total de 33 propostas que visam a promoção da agroecologia, do extrativismo e da produção orgânica.
O programa prevê investimentos totais da ordem de R$ 175 milhões. Participam do programa a Secretaria-Geral da Presidência da República; o Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ministério do Meio Ambiente; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério do Trabalho e Emprego; a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); o Banco do Brasil; e a Fundação Banco do Brasil.
Fonte: AS-PTA