Notícias
23.04.2014 - Voz do Brasil: Terminou o processo de retirada dos não-índios do território indígena Awá-Guajá, no Maranhão
Programa do dia 22.04.2014 - Ouvir | Download
Os indígenas receberam o auto de desintrusão, no último dia 15, das mãos dos oficiais da Justiça Federal do Maranhão. Significa que o estado brasileiro assegurou a posse definitiva da terra para o povo Awá-Guajá. Foram notificadas quase 430 famílias de não-índios e que estavam nessa terra. Desse total, 239 foram cadastradas pelo Incra e estão em condições de serem reassentadas.
Vamos saber mais na entrevista que o jornalista João Mendes fez, hoje, com o coordenador de Movimentos do Campo da Secretaria-Geral da Presidência da República, Nilton Tubino.
Repórter João Mendes: Nilton, agora podemos afirmar que os índios Awá-Guajá são os únicos proprietários dessa terra lá no Maranhão?
Coordenador de Movimentos do Campo da Secretaria-Geral da Presidência da República - Nilton Tubino: Definitivamente no dia 15, o juiz, Dr. Madeira, junto com os oficiais de Justiça e o representante do Ministério Público Federal, Dr. Alexandre, estiveram na região lá, fizeram sobrevoo na terra indígena, constataram que ela já estão totalmente desocupada por não-índios, e aí os oficiais de Justiça fizeram o auto de desintrusão, né, a conclusão da desintrusão, que seria a retirada dos não-índios, e entregaram em mãos para algumas lideranças lá na Aldeia Juruti. Então é um processo que durou judicialmente, né, é um processo de 12 anos e que chega a esse final devolvendo a área para os Awá.
Repórter João Mendes: A operação do governo começou na região no início do ano, né? Qual o balanço dessa operação nesse período?
Coordenador de Movimentos do Campo da Secretaria-Geral da Presidência da República - Nilton Tubino: O balanço final é que ela é positiva, porque foi uma operação que transcorreu sem nenhuma ocorrência policial, não houve nenhum incidente, não houve nenhuma violência contra as forças policiais e nem contra os agricultores. Então foi uma operação que teve um sucesso na sua plenitude.
Repórter João Mendes: A Força Nacional vai continuar na região por algum tempo ainda, né? Qual vai ser o papel dela lá agora?
Coordenador de Movimentos do Campo da Secretaria-Geral da Presidência da República - Nilton Tubino: Agora a Funai assume a plenitude da vigilância da terra e a Força vai ficar no apoio porque ainda tem algumas tarefas. Aquelas estradas internas que têm dentro da terra indígena, vão ser todas elas, ou as que não tiverem utilidade para a Funai, o reuso delas, elas são ser destruídas para evitar outra ocupação na terra ou a própria entrada para a retirada de madeira, para evitar qualquer problema. Então a Força Nacional vai ficar mais um período lá para garantir essa segurança e estabilizar um pouco também esse trabalho. Como o Exército saiu agora, está diminuindo a presença desses outros órgãos, então a Força Nacional permanece para garantir essa segurança.
Repórter João Mendes: Nilton Tubino, coordenador de Movimentos do Campo da Secretaria-Geral da Presidência da República, obrigado pela entrevista à Voz do Brasil.
Coordenador de Movimentos do Campo da Secretaria-Geral da Presidência da República - Nilton Tubino: Abraço. Obrigado.