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14.03.2014 - Representantes do governo conhecem programa humanitário da Cruz Vermelha para reduzir violência armada
Representantes do governo federal se reuniram na quinta-feira (13/03) com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para conhecer as atividades humanitárias desenvolvidas pela organização em comunidades do Rio de Janeiro escolhidas para serem submetidas a um projeto-piloto de combate à violência armada, onde os efeitos da violência e a carência de serviços se misturam. O Projeto Rio foi desenvolvido durante cinco anos, entre 2009 e 2013.
O projeto piloto foi realizado em sete conjuntos de comunidades cariocas: Cantagalo/Pavão-Pavãozinho, Cidade de Deus, Complexo da Maré, Complexo do Alemão, Parada de Lucas, Vigário Geral e Vila Vintém. Em parceria com autoridades municipais e estaduais do Rio de Janeiro, o CICV implementou e monitorou estratégias e ferramentas específicas para prevenir e/ou reduzir os efeitos da violência armada e da vulnerabilidade social na população. De acordo com o coordenador do programa, Stephan Sakalian, “o objetivo é avaliar a possibilidade de replicar ou adaptar a experiência adquirida em outras comunidades afetadas por problemas humanitários e sociais semelhantes, tanto no Brasil quanto no mundo”.
O programa inclui a capacitação em primeiros socorros voluntários de moradores das comunidades onde os serviços de saúde de emergência têm dificuldade de acesso; a promoção do diálogo entre alunos e professores sobre os princípios humanitários, o respeito à vida e à dignidade humana; o acesso dos moradores de comunidades atingidas pela violência armada ao sistema de saúde, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde; parceria técnica com equipes do Programa Saúde da Família (PSF) da Secretaria Municipal de Saúde a fim de aliviar o sofrimento emocional de pessoas afetadas pela violência armada nas comunidades; o acompanhamento de adolescentes gestantes e suas crianças, a fim de promover seu desenvolvimento saudável e facilitar o acesso a cuidados de saúde adequados e atendimento psicossocial; e o diálogo com forças policiais sobre a importância do respeito à vida e à dignidade humana.
O secretário nacional de Articulação Social, Paulo Maldos, considerou que foi “uma importante oportunidade de conhecer a longa experiência da Cruz Vermelha, os acúmulos de sua metodologia de trabalho e de sua reflexão teórica.” Além de técnicos da Secretaria-Geral da Presidência da República (SG-PR), estavam presentes representantes do Itamaraty, da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, do Departamento Penitenciário Nacional, da Secretária Nacional de Segurança Pública, do Ministério das Cidades, da Secretaria de Direitos Humanos, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, do Ministério da Defesa e do Ministério da Saúde.