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03.12.2013 - Juventude Viva chega à Bahia com ações voltadas para 20 municípios
Na abertura da cerimônia, o ministro Gilberto Carvalho afirmou que o Juventude Viva é uma obrigação do Estado, que deve oferecer alternativas de vida à população jovem. Ele lembrou que o foco do Plano está na prevenção das situações de violência que têm vitimado, sobretudo, os jovens pobres e negros. “O objetivo é oferecer oportunidades na linha da formação profissional, da atividade cultural, esportiva, da saúde, para que o jovem tenha chances de se firmar na vida sem ser pego pela violência, pelo tráfico. Esse Plano é uma tentativa de concentrar programas federais, estaduais e municipais em uma área, em um território, oferecendo um novo caminho”.
O ministro ressaltou que as opções de escolha não podem ser privilégio dos jovens de classe média e classe média alta. “ Não é possível que os jovens continuem desempregados, sem poder concluir seus estudos, sem alternativa de qualificação profissional, de cultura, esporte e lazer, porque isso tudo fica reservado ao jovem de classe média e classe média alta. Nós temos muitas mães sonhando com um filho médico, engenheiro, jornalista, seja o que for, mas que acabam chorando a perda desses filhos para a violência”.
Já a ministra Luiza Bairros enfatizou que o Estado deve ser o responsável primário pelo enfrentamento ao racismo, que é uma das principais causas do problema, mas que o desafio só será superado se a sociedade como um todo acreditar que isso é possível. “Nós só vamos acabar com essas mortes se acreditarmos nisso como possibilidade, pois é nessa crença, nesse tipo de sonho, que mobilizamos uma sociedade, uma militância. É acreditando na possibilidade de transformação. Se os jovens da Bahia não acreditarem que a sociedade está mudando, o Juventude Viva não irá funcionar. Portanto, o Plano é muito mais que uma ação de governo, ele será exatamente aquilo que nós, enquanto sociedade, acreditarmos que será”.
Em sua fala, o governador Jaques Wagner disse que o grande objetivo do seu governo é diminuir os homicídios em todo o estado, sobretudo dos jovens negros, com idade entre 15 e 29 anos. Ele explicou que o governo já vem trabalhando nesse sentido, por meio do programa Pacto pela Vida, que começa a apresentar os primeiros resultados. Segundo o governador, de janeiro a outubro de 2013, foi registrada uma queda de 14% nos números de homicídios em comparação ao mesmo período do ano passado. Para Wagner, a adesão ao Juventude Viva vem reforçar essa “batalha”, com o aporte de mais recursos, novas tecnologias e novas práticas de gestão pública. No entanto, ele fez questão de lembrar que a superação da violência não acontece do dia para a noite. “Essa será uma luta e um desafio longo a ser conquistado. O crime é hoje uma multinacional do mal, que movimento bilhões com o tráfico e corrompe pessoas, sobretudo os jovens”.