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03.09.2013 - Brigadistas do Prevfogo/Ibama ampliam combate ao fogo na TI Marãiwatsédé
Os incêndios que atingem a Terra Indígena Marãiwatsédé há cerca de um mês alcançaram aproximadamente 80 mil hectares dos 165 mil demarcados, o que corresponde a 50% da área.
O fogo, que queimou principalmente áreas de pastagens abandonadas, não oferece riscos à comunidade, mas causa diversos prejuízos à fauna e flora local, tendo em vista que as chamas atingiram as matas ciliares próximas aos cursos hídricos da região.
Os 15 brigadistas do Centro Especializado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo/Ibama) que vinham combatendo os focos de incêndio, baseados em Bordolândia/MT, receberam uma equipe de Brasília/DF, com mais 20 homens, que chegaram neste fim de semana (31/08) para ajudar no controle do fogo. Além disso, peritos do Prevfogo estão na região para pesquisar as causas dos incêndios, totalizando 50 servidores do Ibama. Eles estão acompanhados por um efetivo da Força Nacional, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
A segurança foi solicitada após os brigadistas terem sido forçados a interromper o trabalho, no dia 19 de agosto, depois de avistar o lançamento de vários artefatos incendiários próximo aos locais onde eram realizados os combates, oferecendo riscos às pessoas e tornando a ação sem efeito.
A equipe da Funai que coordena a operação de desintrusão da TI Marãiwatsédé presta o apoio necessário à realização dos trabalhos de campo. Um helicóptero do Ibama auxilia no lançamento de água, no transporte da equipe e no monitoramento da área.
O número de focos de calor detectados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no interior da Terra Indígena Marãiwatsédé voltou a crescer no fim de agosto, saltando de 23 para 65 focos no dia 27/8. Dados de satélites registram que a maior parte está localizada na região sudeste da terra indígena, próximo às rodovias que cortam ou circundam a TI, entre as BR-242 e a BR-158.