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20.08.2013 - Gilberto Carvalho na CNI: 70 anos da CLT é momento de reflexão para avanço nas relações trabalhistas
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) participou nesta terça-feira (20/8), da abertura do “Seminário Internacional: O Trabalho e a Competitividade no Brasil e no Mundo”, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para discutir os 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Em seu discurso, Carvalho afirmou que o encontro, além de oferecer uma oportunidade para as comemorações dos 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), também proporciona um momento de reflexão para que se possa “avançar nas questões que regulam as relações trabalhistas”. O ministro também lembrou que, na última semana, esteve na CNI reunido com o setor patronal, sindicalistas e deputados para discutir o projeto da terceirização. “Poderíamos ir para a votação e, quem ganhar, ganhou. Mas não resolveríamos o problema. Quero agradecer a boa vontade da CNI e do setor sindical na aprovação de um projeto que, uma vez votado, traga um clima de paz para todo o país”, disse.
Também participaram da cerimônia de abertura o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias; o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Carlos Alberto Reis e Paula; e a vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carmen Foro. De acordo com Manoel Dias, a relação entre capital e trabalho mudou. Para ele, este é o momento para se construir uma nova relação em que o trabalho não seja precarizado, mas que represente a construção de uma nação rica para todos. “As ações do governo avançam para o diálogo e para a melhoria da relação entre governo, empresário e trabalhadores. E este seminário é mais uma atividade que trará grande avanço para a construção do entendimento”, afirmou o ministro.
A vice-presidente da CUT, Carmen Foro, afirmou que as constantes transformações no mundo criam grandes desafios para a competitividade e para as relações de trabalho, mas - para ela - é preciso conciliar esse desafio sem prejudicar o trabalhador. “Devemos sair desse debate num patamar avançado da CLT atual. Entendemos que a reforma sindical e o acordo coletivo de trabalho são fundamentais para avançarmos”, avaliou Foro, que representou o presidente da entidade Vagner Freitas.
Na opinião do presidente do TST, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, a livre iniciativa deve estar ajustada para a competitividade global, com o aperfeiçoamento dos meios de produção. “Nesse seminário, vamos olhar para a experiência de outros países que estão acompanhando as mudanças no mercado de trabalho, para pensarmos na tendência da conjuntura brasileira”, observou Reis de Paulo.
Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, destacou que o aperfeiçoamento das relações de trabalho transformou-se em tema de alta relevância para o desenvolvimento dos países. Por isso, é preciso identificar oportunidades de redução de custos e de riscos ao emprego formal, sem abrir mão da proteção dos trabalhadores.
Seminário Internacional: O Trabalho e a Competitividade no Brasil e no Mundo: promovido pela CNI, em parceria com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o encontro reuniu nesta terça-feira (20/8), em Brasília/DF, especialistas da Itália, França, México e Estados Unidos para uma troca de experiências sobre relações de trabalho e suas perspectivas nos quatro países e no Brasil.
Fonte: Site CNI e informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)