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02.07.2013 - Gilberto Carvalho fala da experiência brasileira à delegação dos EUA que luta pelo direito de sindicalização
À frente da comitiva estão Robert King, presidente do United Automobile Workers (UAW), sindicato que representa os trabalhadores na indústria automobilística dos EUA, e o ator Danny Glover, ativista pelos direitos humanos naquele país.
Segundo o ministro Gilberto Carvalho, a visita da delegação ocorre em um momento muito importante para o Brasil, quando estão acontecendo várias manifestações da sociedade civil por melhorias nos serviços públicos e na política. Na sua avaliação, este momento mostra que os governantes não podem se acomodar. “Precisamos agir rapidamente, sem arrogância. Temos que estar perto do povo, buscando soluções democráticas. O momento é delicado, mas muito positivo, pois estamos caminhando na direção do aprofundamento da democracia”, afirmou.
Carvalho também falou da importância da troca de experiências com outros países, onde também ocorrem reivindicações por melhores condições de vida para a população, e opinou: “nossos problemas não serão resolvidos apenas no limite de nossas fronteiras; somente com a troca de experiências e a unidade de ação poderemos alterar o que está acontecendo no Brasil, nos EUA e no mundo”, disse aos mais de vinte integrantes da delegação.
Ao agradecer o apoio que tem recebido no Brasil, Robert King destacou a importância do país no que se refere ao diálogo com os trabalhadores. Segundo ele, “os sindicatos e o sistema político brasileiro são um modelo interessante para outros países. O que vemos aqui é um processo de maturação da democracia”. King também explanou sobre a campanha que estão realizando em várias partes do mundo e falou da importância de se “construir redes internacionais para evitar que trabalhadores sejam prejudicados”.
Para Danny Glover, o Brasil é um país que atualmente atrai os holofotes do mundo. Por isso, é muito importante analisar a dinâmica e a experiência brasileira, principalmente no que diz respeito ao diálogo com o trabalhador. “Os trabalhadores se sentem fortalecidos com o que vêem no Brasil”, declarou Glover.
United Automobile Workes - No Brasil há uma semana, a delegação cumpre uma agenda que inclui encontros com lideranças de centrais sindicais, representantes governamentais e parlamentares, e protestos em frente a unidades da Nissan no país. Os ativistas também já estiveram no Reino Unido, França, Alemanha, África do Sul e Austrália, entre outros países.
Nos EUA, a Nissan emprega cerca de 5 mil trabalhadores. Segundo representantes da delegação, 40% dos empregados são temporários e não têm direitos, não há plano de aposentadoria e a assistência médica é regular.