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21.06.2013 - Em reunião sobre a Jornada Mundial da Juventude, ministro Gilberto Carvalho diz que manifestações exigem atitudes do governo
“Ver a Esplanada dos Ministérios amanhecer do jeito que amanheceu, com serviços públicos afetados, bem como pontos de ônibus e símbolos públicos importantes como o Itamaraty depredados é um nível de destruição que não podemos aceitar”, afirmou o ministro, na abertura da reunião preparatória para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Palácio do Planalto, com representantes da Igreja Católica e de órgãos do governo federal.
"Nós temos que ter clareza de que a Jornada pode ocorrer dentro de um clima - não vou dizer igual ao dos dias de hoje, porque a conjuntura evolui tão rapidamente que você não tem muito como profetizar, seria temerário dizer se vai acontecer isso ou se vai acontecer aquilo - mas nós temos que estar preparados para a Jornada acontecer inclusive num clima em que estejam ocorrendo manifestações no país", disse o ministro. Ele ressaltou que o governo vai se empenhar para que a JMJ transcorra da melhor forma possível. Durante a reunião, foi feito um detalhamento de toda a Jornada .
O vice-presidente do Comitê Organizador Local (COL), o bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Paulo Cesar, ressaltou que a JMJ é um evento que vai além da Igreja Católica e atinge todas as esferas da sociedade. “Espero que todos possamos sair engrandecidos, especialmente a juventude, principalmente neste momento que estamos vivendo”. Ele agradeceu os esforços do governo federal em garantir a segurança, a mobilidade urbana e a saúde dos peregrinos. “Vamos fazer isso sem afetar a população do Rio de Janeiro”, explicou o secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, Diogo de Sant’ana.
Sobre as manifestações, o ministro disse ainda que “é evidente que os temas como estão colocados aí, sobretudo da não aceitação da corrupção, a exigência da ética na política e a exigência de serviços de qualidade, estão exigindo atitudes do governo e atitudes nessa perspectiva”. Segundo Carvalho, a ação do governo federal, desde o primeiro momento, foi a de “ir ao encontro das manifestações, abrir o Palácio [do Planalto] para conversas com lideranças, tendo a compreensão de que se trata de um novo tipo de movimento, um novo tipo de liderança e de uma nova forma de organização”.