Notícias
26.04.2013 - Secretaria-Geral apresenta trabalho de Coleta Seletiva com a inclusão dos Catadores de Materiais Recicláveis
A Secretaria-Geral da Presidência da República (SG-PR) participou nesta quinta-feira (25/4), do II Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS), em Brasília (DF), no painel que debateu “O Lixo como Oportunidade para Sustentabilidade e Inclusão Social”. A coordenadora do Comitê Interministerial de Inclusão dos Catadores de Materiais Recicláveis da SG-PR, Daniela Metello, apresentou o Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis (CIISC) e o Programa Pró-Catador.
O tema foi mediado pelo ex-prefeito de Joinville (MG), Carlito Merss, e contou com a participação de Roberto Laureano, do Movimento Nacional de Catadores e Material Reciclável; de Eduardo Jorge Lins de Carvalho, gerente do Departamento de Economia Solidária do BNDES; e de Marco Simões, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola.
Daniela apontou como principais desafios da SG-PR o acompanhamento do maior número de lixões com a inclusão social e produtiva do maior número de catadores possível e fazer com que as políticas e os programas sociais para os catadores cheguem até eles. Tudo isso em parceria com os municípios. “Estamos tentando levar ao máximo os programas para as regiões Norte e Nordeste”, explicou a coordenadora do CIISC. A lei prevê a erradicação dos lixões até agosto de 2014 e de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil ainda tem 2.906 lixões distribuídos por 2.810 municípios.
Uma dos empecilhos para a inclusão dos catadores é a dificuldade de organizá-los em cooperativas. Cerca de 90% do total de catadores existentes no Brasil (estimados em 600 mil) não estão organizados. O representante do s catadores, explicou que, às vezes, é difícil para eles ouvirem os técnicos do governo. “Os catadores querem ouvir quem se identifica com eles, por isso defendemos as conversas Catador para Catador”, defendeu Roberto Laureano.
O representante da Coca-Cola afirmou que “as latinhas e as garrafas pets são insumos preciosos para o futuro”. O Brasil é o segundo colocado em reciclagem de garrafas pets, perdendo apenas para o Japão. “Temos um plano integrado para incentivar a criação de cooperativas modelo em cada uma das cidades da Copa do Mundo”, explicou Simões. “Temos que envolver o consumidor para alavancar a reciclagem”, completou. Os brasileiros conseguem reciclar 68% do total das pets e o objetivo é elevar este número.
O executivo do BNDES explicou que as 12 cidades-sede da Copa, as capitais e os municípios com mais de 500 mil habitantes são as cidades-alvo do programa que financia aterros sanitários (instalações ambientalmente adequadas para o depósito e manejo de rejeitos). “Lixo não é lugar para seres-humanos”, ressaltou Lins de Carvalho. “Catador é alguém que cuida de recicláveis que gerem trabalho e renda”. Ele apresentou como case uma parceria com a Ambev que financiou a instalação de parte de uma fábrica de vidros, em Campo Grande (RJ), que é gerida por catadores.