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17.04.2013 - Debate sobre Seguimento da Rio+20 e Agenda Pós-2015 é enriquecido com propostas da sociedade civil
O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, reafirmou, durante o evento, a importância das contribuições vindas da sociedade civil. “Nós consideramos extremamente importante e significativo que este salão do Palácio do Planalto receba representantes da sociedade civil para discutir um tema tão importante para todos nós. Cada vez mais temos a ambição e o objetivo de construir um modelo de referência que seja, de fato, um exemplo a ser seguido. Daí a nossa grande responsabilidade. O significado da participação da sociedade civil não é um detalhe, é essencial para que esse projeto encontre de fato encontre seu significado mobilizador de toda a nação”, afirmou o ministro.
O ministro Antonio Patriota, das Relações Exteriores, destacou que a reunião, além de oportuna, vem preencher um papel importante para que o Brasil mantenha o debate vivo e continue liderando o processo de consolidação do conceito de desenvolvimento sustentável. Segundo Patriota, o Ministério das Relações Exteriores abraça o processo de interlocução ampla com a sociedade civil com muito entusiasmo. “Estou em conversas com o ministro Gilberto Carvalho sobre a criação de um mecanismo, que funcionará em intervalos regulares, para debater uma agenda mais ampla de relações internacionais, para garantir esse diálogo permanente entre aqueles que contribuem para formular e implementar a política externa no Brasil e um público cada vez maior, no Brasil, que se interessa por esses temas”. Na opinião do ministro, isso reflete o perfil de crescente engajamento do Brasil no cenário internacional, em grandes debates que envolvem o futuro da humanidade.
O representante residente do PNUD no Brasil, Jorge Chediek, fez um balanço de todo o processo de consultas que vêm sendo feito para subsidiar a Agenda-Pós 2015, que contou com a participação de 84 países. De acordo com Chediek, a Rio+20 foi muito importante, não só para renovar o compromisso com o desenho dessa agenda, mas também para dar dicas e direções muito claras sobre a sua natureza. “Nós vemos essa agenda Pós-2015 como uma agenda que precisa gerar um mundo mais inclusivo, mais equitativo e mais sustentável”, declarou o representante da ONU, que explicou que em maio a ONU vai produzir um relatório abrangente com todas as contribuições recebidas. Chediek também destacou a abrangência do processo de consulta realizado no Brasil, ressaltando a importância que tem, para a ONU, o engajamento ativo do país. “O Brasil tem se tornado um exemplo, em nível mundial, pelos resultados obtidos em termos de desenvolvimento, eliminação da pobreza extrema, matriz energética limpa”. Segundo ele, esses resultados são extraordinários, principalmente se forem analisados no contexto de um país multicultural, multirracial e democrático, que contou não só com a ação pública, mas com a ativa participação e engajamento da sociedade civil. “O Brasil tem se tornado uma superpotência do poder do exemplo, do interesse de outros países de repetir sempre o exemplo brasileiro”, afirmou Chediek. Ele declarou ainda, durante sua intervenção, que o sistema ONU pretende continuar sua parceria com o governo brasileiro na preparação da nova agenda e de propostas para a construção de um mundo melhor, porque “o Brasil tem muitas respostas a muitas das perguntas que estamos fazendo para essa difícil agenda global pós-2015”.
O evento também contou com a presença das ministras Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), dos embaixadores Luiz Alberto Figueiredo Machado e André Aranha Corrêa do Lago (Relações Exteriores) e de Iara Pietrikovsky (membro do colegiado de gestão do Instituto de Estudos Socioeconômicos – Inesc).