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28.03.2013 - Vídeo: Fórum Social Mundial discute alternativas para o desenvolvimento
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APRESENTADOR GUILHERME MENEZES: Começou hoje, na Tunísia, o Fórum Social Mundial. O encontro no país onde começou a chamada Primavera Árabe vai discutir alternativas para o desenvolvimento. O fórum reúne 70 mil pessoas e vai até o próximo sábado.
REPÓRTER LIA KUNZLER: Idiomas e bandeiras de todo o mundo estão presentes na 13ª edição do Fórum Social Mundial. Delegações de vários países chegaram a Túnis, capital da Tunísia, para participar dos debates sobre economia, política e meio ambiente. Este biólogo luta pelos direitos dos índios da Amazônia e acredita que a principal virtude do fórum é a troca de experiências sobre novas formas de desenvolvimento com inclusão social.
BIÓLOGO/PLÁCIDO COSTA: Tem movimentos sociais que já há séculos estão dizendo que é possível um mundo diferente. Então, essa é grande força. Você tem experiências no mundo que têm pouca visibilidade hoje.
REPÓRTER LIA KUNZLER: Embora uma das principais características do fórum seja a pluralidade de temas e formas de discussão, um assunto parece estar em todos os lugares. A Primavera Árabe, revolução que começou aqui, na Tunísia, e derrubou governos não democráticos no norte da África, tem sido o foco dos debates. O fórum, além de analisar esse movimento social, quer tentar descobrir a resposta para a pergunta de qual seria o governo que conseguiria manter a estabilidade nesta região.
Aqui, uma das preocupações centrais é a possibilidade de um novo regime autoritário assumir o poder no país, enquanto as instituições democráticas ainda estão em formação.
O ministro Gilberto Carvalho participou de uma mesa redonda e falou sobre a experiência do Brasil, que viveu a transição da ditadura para a democracia.
MINISTRO-CHEFE DA SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA/GILBERTO CARVALHO: O que eles têm aqui, eu diria, um longo e difícil processo, e cabe a nós e à sociedade organizada no mundo todo apoiar essa região, fazermos esses diálogos, essas trocas para ajudá-los a de fato construir uma democracia.
REPÓRTER LIA KUNZLER: O tunisiano (inaudível) integra a Associação Interna de Prisioneiros Políticos e conta que a democracia ainda engatinha no país. Ele acredita que uma mudança profunda na política nacional pode levar anos para ser sentida pela população. A jovem (inaudível) trabalha pelos direitos das mulheres no Marrocos. Ela afirma que a primeira edição do fórum em um país árabe reforça a luta dos povos desses países por liberdade, especialmente para as mulheres.
APRESENTADOR GUILHERME MENEZES: Como você viu, a repórter Lia Kunzler é nossa enviada especial ao Fórum Social Mundial, na Tunísia. Amanhã a Lia volta com outras informações, com a cobertura completa do que acontece no fórum.