Notícias
20.02.2013 - Juventude Viva beneficiará 4 municípios, comitê gestor se reúne nesta quinta
A Secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, está em Alagoas para ampliar as ações do Juventude Viva. Alagoas é o primeiro estado a receber mais de 30 ações de implantação e ampliação de projetos do Plano Juventude Viva, que é coordenado pela SNJ em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
Na manhã desta quarta-feira (20), a secretária deve se reunir com o comitê gestor formado por sete secretarias, quatro prefeituras e dois representantes de movimentos sociais. Em Alagoas, quatro municípios – que lideram a violência contra jovens – serão beneficiados com o Programa: Maceió, Marechal Deodoro, União dos Palmares e Arapiraca.
De acordo com a secretária, o programa – cujo acordo foi firmado ainda em setembro de 2012 – deve chamar atenção para a banalização da violência contra jovens, sobretudo em meio às estatísticas diárias de homicídios que envolvem menores. “As estatísticas, ao mesmo tempo em que impressionam pelos números, também provocam uma naturalização de uma questão que não deve ser naturalizada”, comenta.
Entre as ações que devem ser postas em discussão, está a implementação de projetos de lazer, educação e cultura, além da reavaliação do tratamento dado ao jovem negro. “Dizem que vivemos em uma democracia racial, mas, a verdade é que o Brasil é extremamente racista. Os homicídios têm raça, etnia, gênero e território. A maior parte das vítimas é de jovens de 15 a 29 anos, negros, e que vivem em centros urbanos”, acrescentou.
“As abordagens policiais, que foi uma das questões mais batidas nas reuniões, também são rediscutidas. Hoje os jovens negros são vistos já como suspeitos nas abordagens e o procedimento feito pelos policiais também foi bastante criticado”. Segundo Macedo, as reuniões que culminaram da elaboração do programa foram realizadas com a participação de integrantes da sociedade civil, como o Movimento Negro, Movimento Juvenil e Movimento Hip Hop.
“Nós ouvimos os jovens e, em seguida, adequamos a proposta e vamos modificando. Os jovens não só participam ao serem ouvidos, como também participarão da fase de monitoramento. O objetivo é que as políticas não só tenham ações em favor do jovens, como sensibilizem a sociedade quanto ao preconceito que está intrínseco e quanto à desconstrução da cultura da violência.
Fonte: Gazeta Web, por Wanessa Oliveira (gazetaweb.globo.com)
Foto: David Lucena
Saiba mais:
- Acesse o site www.juventude.gov.br
- Acompanhe no twitter #JuventudeViva
- Acompanhe no facebook