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21.12.2012 - Informe nº 7 – Operação de desintrusão da Terra Indígena Marãiwatsédé (MT)
Até quarta-feira (19), foram vistoriados, pelos oficias de Justiça junto à força-tarefa do governo federal, 53 pontos de ocupação dentro da Terra Indígena Marãiwatsédé. Destes, 30 pontos já estão desocupados e encontram-se em posse da Funai. Desde a última segunda-feira (17), registram-se poucos focos de resistência e um número crescente de saídas voluntárias.
Do início da operação até o momento, o Incra cadastrou 194 famílias para análise de perfil com vistas ao reassentamento em programas da reforma agrária. Já foram consideradas aptas 80 famílias, e as avaliações dos cadastros prosseguem. O Projeto Casulo, no município de Alto Boa Vista, denominado “PAC Vida Nova”, está em fase de desenvolvimento pelo Incra e beneficiará 300 famílias ocupantes da localidade de Posto da Mata.
Os trabalhos da força-tarefa, composta por servidores do Incra, Funai, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e Exército seguem, sem interrupção, durante todo o período de festas.
O secretário geral da CNBB, Leonardo Steiner, enviou carta aos bispos esclarecendo a situação do Povo Xavante e fornecendo notícias de Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Felix do Araguaia. “A saída de Dom Pedro mostra mais uma vez que a violência não vem dos índios, como também não vem dos pequenos agricultores. A situação de conflito da terra Xavante não é de hoje. É uma longa história de êxodo e sofrimento de um povo. A terra indígena, após a retirada forçada dos Xavante nos anos 60, foi sendo dividida em grandes fazendas. Para assegurarem essas terras invadidas, incentivaram a vinda de famílias que adquiriram lotes na terra Xavante.”, diz trecho da carta.
Fonte: Fundação Nacional do Índio – Funai, com informações do Incra