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25.06.2012 - Centro Mundial dará continuidade às discussões da Rio+20
A continuidade das discussões iniciadas pelos Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável, ainda antes do início da Rio+20, já tem espaço garantido. A criação do Centro Mundial de Desenvolvimento Sustentável, o Centro Rio+ foi anunciada na sexta-feira (22), pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e pela administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Helen Clark. O local será criado pelo governo federal, em parceria com o Pnud, sociedade civil, universidades e empresariado para ser uma referência para a promoção do desenvolvimento sustentável.
O centro tem a missão de ser referência para a promoção das discussões sobre a integração entre as dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvimento sustentável. “A ideia do centro é atuar em torno da nova agenda política para o desenvolvimento sustentável”, afirmou Izabella Teixeira.
Ao reunir parceiros nacionais e internacionais, o centro deve facilitar a pesquisa e o intercâmbio de conhecimentos com órgãos governamentais, organizações não governamentais, universidades, grupos de reflexão e empresariado. O apoio para o lançamento já está confirmado por 25 instituições brasileiras e internacionais.
Fundo - Um fundo de doações de US$ 3 a 5 milhões, com o primeiro depósito feito pelo governo brasileiro, cria as condições para o funciomento. “Governos, setor privado e atores da sociedade civil serão capazes de utilizar este centro para aprender com as experiências dos outros, identificar pessoas e parceiros com experiências fundamentais, antecipar o planejamento e desenhar programas e políticas”, explicou Helen Clark. O espaço funcionará no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Diálogos garantiram participação da sociedade civil - Os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável, que garantiram a participação ativa da sociedade civil e de especialistas de todo o mundo e originaram a ideia da criação do centro, aconteceram por meio de plataforma criada na internet, antes da Rio+20. A abertura do espaço, pelo governo brasileiro, permitiu que estudantes, pesquisadores, ONGs e setor privado do mundo todo participassem da discussão e elaboração de dez recomendações que foram repassadas aos líderes dos países que estiveram na Cúpula da Conferência, entre 20 e 22 de junho.
As sugestões chegaram de mais de 60 mil pessoas, de 193 países. A adoção de medidas concretas para eliminar subsídios a combustíveis fósseis, a prioridade para restaurar, até 2020, 150 milhões de hectares de terras desmatadas ou degradadas, a sugestão de promoção da educação em nível global como forma de erradicar a pobreza e atingir o desenvolvimento sustentável, entre outras ações, foram sugeridas pelos participantes.
Fonte: Boletim Em Questão