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22.06.2012 - Na Arena Socioambiental, o destaque vai para a cidadania e a importância da reciclagem na sustentabilidade
Representando os catadores brasileiros, Tião recebeu a chave de um dos caminhões e firmou convênio com o Ministério do Trabalho e Emprego para qualificação profissional dos trabalhadores. “O fato de o lixão de Gramacho ter sido fechado não representa o fim das nossas lutas e a exclusão daqueles que historicamente já eram excluídos nos últimos 35 anos. Como um dos líderes do movimento, afirmo para todos vocês que meu propósito é construir, junto com todos, e lutar cada vez mais por melhores condições para nós, catadores de materiais recicláveis”, disse.
O ministro Gilberto Carvalho (da Secretaria-Geral da Presidência da República), destacou a importância da cerimônia, segundo ele um marco na história do país. Gilberto Carvalho lamentou que os 193 líderes mundiais que participam da Rio+20 não estivessem presentes para assistir os avanços conquistados pelo Movimento dos Catadores. “É a concretização do velho sonho de apoiar fortemente os movimentos dos catadores no Brasil.” O ministro destacou que o relacionamento e a cobrança dos movimentos sociais estão fazendo a política governamental cumprir cada vez mais o papel que deve. “A máquina pública está sendo colocada, cada dia mais, a serviço do povo, e isso só acontece porque vocês se organizam e lutam pelos seus direitos”, disse ainda.
O economista e professor Paul Singer, secretário nacional de Economia Solidária (Ministério do Trabalho e Emprego), afirmou que o trabalho dos catadores precisa ser continuamente valorizado e receber investimentos do governo. “Reciclar é preservar a natureza. Do ponto de vista social, o papel deles é crucial. Organizando-se em cooperativas, eles definem o próprio caminho e ganham força para cobrar do governo.” Carlos Minc, secretário do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, destacou que governos e sociedade precisam modificar o discurso que separa o dinheiro da natureza. “Sem o meio ambiente não há economia. De que adianta lucrar bilhões e não ter um planeta onde investir esse dinheiro? , concluiu”. Estiveram presentes no evento, o ministro Brizola Neto (Trabalho e Emprego) e dirigentes do Banco do Brasil, BNDES, Itaipu e Fundação Banco do Brasil.