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11.06.2012 - Construir o novo: Começa a etapa internacional da Youth Blast
Começou neste domingo (10/6), no Centro de Convenções SulAmérica, Rio de Janeiro, a etapa internacional da Youth Blast – Conferência de Jovens para a Rio+20. Cerca de 600 pessoas de 112 países compõem o público que nos próximos três dias vão discutir e organizar as contribuições da juventude para influenciar as resoluções da Rio+20. O painel de abertura contou com as presenças do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho; da secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, do coordenador residente das Nações Unidas no Brasil, Jorge Crediek; do consultor do Major Groups no UNDESA (United Nations Department of Economic and Social Affairs) – secretariado da Rio+20, John Romano; da vice-presidenta do Conselho Nacional da Juventude, Rebeca Ribas; e do representante do Major Group Brasil, Pedro Telles.
Os jovens são um terço da população do mundo e representam um importante peso demográfico, com impacto nos aspectos econômico, social e ambiental. Pensar um novo modelo de desenvolvimento passa, sem dúvida, por encontrar soluções para garantir emancipação, qualidade de vida e participação social dos jovens. Além de construir propostas acerca das suas especificidades a juventude quer, pode e deve refletir e incidir sobre uma agenda global sobre desenvolvimento sustentável. Questões como superação da pobreza, justiça e preservação ambiental estão no foco do interesse dos jovens presentes na Youth Blast. Durante os dias de evento eles vão discutir e formular propostas, aprofundar os conhecimentos sobre o processo oficial da Rio+20 e organizar a participação da juventude, pensando na incidência nas resoluções oficiais.
A Rio+20 será a maior Conferência das Nações Unidas em termo de número de participantes. Para Pedro Telles, este é um processo que vai além da ONU, precisa ser apropriado, acompanhado e fortalecido pela a sociedade como um espaço de construção de alternativas imediatas para o planeta. “Esse não é um debate do futuro, é também um assunto urgente para o presente”, disse.
O cenário de crise financeira, econômica, política e climática que ambienta a Rio+20 é, ao mesmo tempo, um desafio e uma oportunidade de forjar novas formas de relações humanas e com a natureza. As evidências indiscutíveis de que este sistema “velho e suicida, sustentado num modelo de exclusão e injustiça” – nas palavras do ministro Gilberto de Carvalho – se esgotou, nos abrem caminhos para inventar outra cultura que rompa com o autoritarismo, verticalidade das relações, desigualdade e injustiças. Este trabalho, embora esteja também fundamentado na solidariedade e compromisso com as próximas gerações, não é apenas para o futuro, mas para o presente.”
O ministro sintetizou esta nova cultura em três dimensões. A primeira destacada é a da radicalização da democracia. A segunda é o crescimento econômico sustentável, que garanta a distribuição justa de riquezas. Por fim, o cuidado com Mãe Terra.
Fonte: Agência Jovem
Postado por Bruno Ferreira e Vânia Correia (SP)