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05.08.2011 - Gilberto Carvalho e Antonio Patriota recebem lideranças da sociedade civil para discutir política externa
Foto: Dailton William Ramos de Souza
Nesta quinta-feira os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Antonio Patriota (Relações Exteriores) apresentaram um panorama geral da política externa brasileira a mais de 40 lideranças de movimentos e organizações sociais. No evento “Política Externa, Diálogo Social e Participação Cidadã”, realizado no Palácio do Itamaraty, os participantes tiveram a oportunidade de debater e opinar a respeito de temas relativos à formulação da política externa do governo brasileiro, bem como discutir mecanismos de participação social em fóruns internacionais.
O ministro Gilberto afirmou que desde o início do governo a presidenta Dilma Rousseff determinou que os ministérios se abrissem para ouvir as contribuições da sociedade. “Nesses sete meses de governo, esse diálogo tem sido bastante intenso e rico. Só poderemos construir uma sociedade democrática governando com participação social. É fundamental que tenhamos a contribuição da sociedade civil para que possamos dar um salto qualidade no conjunto de ações da política externa do Brasil”, disse o ministro.
Gilberto Carvalho destacou que o reposicionamento do Brasil na comunidade internacional nos últimos anos, passando a assumir de fato um papel de destaque, reitera a afirmação da política externa. Gilberto ressaltou também a importância das relações do Brasil com países da África e Ásia.
Em sua apresentação, o ministro Antonio Patriota disse que a eleição de José Graziano para a presidência da FAO reflete o compromisso do governo Dilma com a erradicação da fome e da miséria. Patriota falou ainda que o Brasil é um país autosuficiente em energia, recursos hídricos e riquezas minerais, entre outros. “O maior desafio dessa política externa é aproveitar esse conjunto de circunstâncias de uma maneira que reflita nossa identidade, com a busca pela paz e desenvolvimento com equidade social e consolidação da democracia”, afirmou. Patriota falou ainda sobre o processo de integração regional, o êxito do Mercosul, as relações do Brasil com países da América Latina e a importância da política da boa vizinhança, baseada na paz e na cooperação.
Os representantes da sociedade civil fizeram colocações e questionamentos acerca de diversos temas, tais como a questão social na Unasul; defesa dos direitos humanos; financiamento de entidades; sustentabilidade; criação do Conselho Nacional de Política Externa; aprimoramento da participação dos movimentos sociais do campo; dívida pública brasileira; Rio +20; Cúpula Social do Mercosul; Conselho Brasileiro do Mercosul Social e Participativo; intercâmbio de políticas públicas de economia solidária; educação, juventude; agenda social do Mercosul e cooperação internacional para o desenvolvimento, entre outros.
Participaram do evento lideranças e representantes das seguintes organizações e entidades: Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT); Associação Brasileira de ONGs (Abong); Associação Latinoamericana de Micro, Pequenos e Médios Empresários (Alampyme); Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib); Articulação do Semi-Árido (ASA); Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB); Comitê Facilitador da Rio+20; Comitê Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa (Conectas Direitos Humanos); Confederação das Mulheres do Brasil; Conselho Nacional de Juventude (Conjuve); Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag); Central Única da Favelas (Cufa); Central Única dos Trabalhadores (CUT); Espaço sem Fronteiras; Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES); Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS); Federação Democrática Internacional das Mulheres (FDIM); Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf); Fórum Consultivo Econômico e Social do Mercosul (FCES); Fórum da Sociedade Civil Brasileira no Haiti; Força Sindical; Fórum Social Mundial (GRAP); Instituto para o Desenvolvimento da Cooperação e Relações Internacionais (Idecri); Instituto Ethos; Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS); Pacto Global Brasil; Programa Mercosul Social e Solidário (PMSS); Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais; Rede de Jovens do Nordeste (RJNE); Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip); União Brasileira de Mulheres e União Nacional dos Estudantes (UNE).