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17.07.2015 - 18ª Cúpula Social do Mercosul se encerra com leitura de Declaração e pedidos por mais integração
Foto: San Rogê
Por mais participação social, mais direitos e mais integração, representantes de movimentos sociais e populares do Mercosul e de Estados associados elaboraram nesta quinta-feira (16/07) a Declaração Final que encerrou a 18ª edição da Cúpula Social do Mercosul, realizada em Brasília, desde o dia 14 de julho.
O documento, elaborado em conjunto por representantes de todos os países que compõem o bloco, é produto dos debates realizados nos doze painéis da Cúpula, e apresenta 40 proposições para os governos e para a sociedade civil do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela fortalecerem, entre outros pontos, a integração regional e o respeito à democracia nestes países; além de buscarem a superação das desigualdades sociais, a eliminação de toda forma de violência contra as mulheres, a recuperação da soberania plena do bloco e o desenvolvimento regional aliado à sustentabilidade.
A Declaração Final será apresentada nesta sexta-feira (17/07) aos presidentes dos países do Mercosul, que estarão reunidos em Brasília para a abertura da 48ª Cúpula do Mercosul e Estados Associados.
Coordenadora do Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante (CDHIC), Tania Rocío Bernuy Illes foi escolhida como a representante da sociedade civil brasileira na 48ª Cúpula Social do Mercosul com os chefes de Estados do bloco. Ao lado de representantes de outros países, Tania Rocío fará a leitura da Declaração Final da XVIII Cúpula Social e fala sobre participação social no bloco. “O que os movimentos sociais têm a dizer é de grande relevância para o fortalecimento da participação social e a integração dos povos no Mercosul”, afirma.
Além da apresentação da Declaração Final, foram lidas na plenária de encerramento da Cúpula Social do Mercosul, outros documentos - manifestos, moções de repúdio e cartas abertas - elaborados pelos movimentos sociais. Um deles foi o Manifesto dos Imigrantes e Refugiados, que reconheceu a importância dos direitos já conquistados, como o Acordo de Livre Trânsito e Residência no Mercosul. O manifesto também reivindica mais direitos sociais, como a integração dos imigrantes e refugiados de outros continentes neste acordo, e o direito ao voto no atual país de residência. O documento consolidou as propostas de imigrantes também da República Democrática do Congo, Camarões, Mali, Senegal, Angola, Nigéria, Haiti, Síria e Palestina.
Após a leitura dos documentos pelos movimentos sociais, João Pedro Stédile, membro da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), lembrou que, por falta de condições básicas de sobrevivência, 70 milhões de pessoas que deixaram seus países de origem apenas em 2014. Stédile também defendeu um projeto de integração econômica, cultural e popular por meio da Unasul para o continente. “Só relações comerciais não resolvem os problemas dos nossos povos. Queremos que o Mercosul se transforme em América Latina”, afirmou.
A 18ª edição da Cúpula Social do Mercosul, realizada no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília, encerra a presidência temporário do Brasil no Mercosul. O encontro teve como tema “Avançar no Mercosul com mais integração, mais direitos e mais participação”.
Marília Marques – Ascom/SG
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