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Alexandre Padilha e Silvio Almeida participam de sessão da Comissão de Anistia
Ministro Padilha é aplaudido durante sessão da Comissão de Anistia - Foto: Gilmar Ferreira/ASCOM/SRI
O ministro-chefe das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, esteve ao lado do ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, nesta quinta (25), no próprio MDHC, durante a 10ª Sessão Plenária da Comissão de Anistia, referente à apreciação e ao julgamento coletivo de imigrantes japoneses e seus descendentes.
Visivelmente emocionado, o ministro Alexandre Padilha relembrou o julgamento de anistia de seu pai, perseguido na Ditadura Militar, e ressaltou a importância da restituição da memória e do respeito aos direitos humanos como imperativo civilizatório no país.
“Adentrar nesse auditório e nessa comissão, tão importante, tem para mim uma mobilização afetiva individual muito grande. Aqui foi o julgamento de anistia de meu pai, Anivaldo Padilha. Faço um profundo agradecimento aos trabalhos dessa comissão e a todos os ativistas pelos direitos humanos de nosso país. Mais do que qualquer tipo de indenização individual, o trabalho, o julgamento e o veredito dessas comissões tem o papel fundamental de dizer que nunca mais pode se repetir no Brasil e no mundo episódios como os que são julgados aqui”, afirmou o ministro.
"Aqui foi o julgamento de anistia de meu pai, Anivaldo Padilha. Faço um profundo agradecimento aos trabalhos dessa comissão e a todos os ativistas pelos direitos humanos de nosso país" Alexandre Padilha
Em seu discurso, o ministro Silvio Almeida fez questão de reforçar o compromisso em reparar as violações de direitos humanos cometidos pelo Estado brasileiro.
“O reconhecimento desses erros do passado não é apenas um ato de justiça às vítimas e seus familiares. Mas ao honrar a memória desses tristes episódios, estamos aqui, também, fazendo um apelo à vigilância constante contra a discriminação étnico-racial, ou seja, racismo, a xenofobia e a desumanização coletiva de determinados grupos que, como a história não cansa de nos lembrar, são muito eficazes para que tragédias sejam cultivadas. Precisamos assegurar, portanto, que todas essas injustiças nunca mais se repitam”, afirmou Silvio.
O pedido de reparação a japoneses por repressão e perseguição política foi realizado em 2015 e diz respeito a violações de direitos humanos ocorridas pelo Estado brasileiro na década de 40, quando o Brasil cometeu uma série de abusos contra imigrantes de países do Eixo - bloco formado por Alemanha, Itália e Japão.