Histórico
|
O artesão é aquele que produz peças de barro, tecido, couro, palha, materiais reciclados e diversos outros, visando a utilidade prática ou artística, e sendo ou não voltada para o comércio. O artesanato, fruto desse trabalho manual, é classificado por Nascimento (2018) em diversas categorias: popular, semierudito, folclórico e contemporâneo – o popular representa os costumes da população; o folclórico, o folclore da região; o semierudito ligado aos ensinamentos e conhecimentos do povo; e o contemporâneo seria o que é produzido atualmente (BORGES, 2011; RUGIU, 1999). Conforme a Lei nº 13.180/2015, artesão é toda pessoa física que desempenha suas atividades profissionais de forma individual, associada ou cooperativada. A profissão de artesão presume o exercício de atividade predominantemente manual, que pode contar com o auxílio de ferramentas e outros equipamentos, desde que visem a assegurar qualidade, segurança e, quando couber, observância às normas oficiais aplicáveis ao produto. A Portaria nº 1.007/2018 classifica a produção artesanal conforme a origem, nas seguintes categorias: Artesanato Tradicional; Arte Popular; Artesanato Indígena; Artesanato Quilombola; Artesanato de Referência Cultural; Artesanato Contemporâneo-Conceitual. No Brasil, o artesanato existe desde a época pré-colombiana, há milhares de anos. Por todo o País, tribos indígenas dependem de seu artesanato, que não só os ajudam a manter seus estilos de vida, mas também auxiliam na exibição de sua cultura. Os povos nativos brasileiros adicionaram uma peculiaridade ao artesanato: a arte plumária, que não era costume de outros povos artesãos até então (AIDAR, 2019). A partir da Revolução Industrial, o artesanato foi extremamente desvalorizado. Os produtos manufaturados e industriais passaram a ser preferidos por poderem ser produzidos em grande escala e com extrema rapidez. Nessa época, a vida dos artesãos era muito difícil, pelas baixas procura por seus produtos e remuneração (DANTAS, 2021). No entanto, hoje em dia, graças à crescente valorização das culturas locais e nacionais, o artesanato vem sendo cada vez mais apreciado. O artesanato brasileiro se destaca no âmbito internacional, já que é extremamente rico e diverso, pois representa o folclore, os costumes e tradições de cada região, pela visão e interpretação de cada artesão. Pouco a pouco, o artesanato brasileiro tem conquistado novos espaços e ocupado seu lugar entre os produtos nacionais passíveis de exportação (Revista Criática, 2020). O processo de exportação consiste na saída temporária ou definitiva do território nacional de bens ou serviços originários ou procedentes do País, a título oneroso ou gratuito. Ao exportar, a empresa ou o produtor adquire um diferencial de qualidade e competência do mercado externo, precisa gerenciar condições que não ocorreram anteriormente, pois precisa adequar seus produtos aos padrões e obter ganhos de competitividade. Desse modo, para exportar seus produtos, o artesão precisa estar atento ao planejamento necessário, ou seja, à verificação de sua capacidade de exportação em qualidade e quantidade, à existência de preferências ou barreiras tarifárias e não-tarifárias nos mercados-alvo, aos preços de exportação de produtos semelhantes, às melhores opções de transporte, entrega e comercialização no destino (SEBRAE, 2019). |
|
O Aprendendo a Exportar Artesanato é uma parceria entre: |