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País tem segundo maior superávit para outubro, com US$ 5,4 bilhões
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 5,473 bilhões em outubro, o segundo melhor resultado do mês na série histórica iniciada em 1989, segundo dados divulgados nesta terça-feira (3/11) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. O recorde de outubro foi registrado em 2018, com US$ 5,8 bilhões. Na comparação com outubro do ano passado (US$ 2,5 bilhões), o aumento foi de 136,1%.
A corrente de comércio chegou a US$ 30,238 bilhões, com US$ 17,855 bilhões em exportações e US$ 12,383 bilhões em importações. No ano, as exportações alcançam US$ 174,379 bilhões, e as importações, US$ 126,717 bilhões, com saldo positivo de US$ 47,662 bilhões e corrente de comércio de US$ 301,096 bilhões.
Na comparação com outubro do ano passado (US$ 19,6 bilhões), as exportações tiveram uma redução de 2%, mas com dois dias úteis a menos em 2020. Já pela média diária, em outubro deste ano (US$ 892,77 milhões) houve crescimento de 0,3% em relação ao mesmo mês de 2019 (US$ 889,86 milhões), enquanto as importações (US$ 619,14 milhões) diminuíram 20%, na comparação pela média diária (US$ 773,97 milhões).
Veja os dados completos da Balança Comercial
Apesar da redução em outubro, o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior da Secex, Herlon Brandão, lembrou que há uma trajetória ascendente da média diária de importações desde junho de 2020, quando o valor foi de US$ 497,6 milhões/dia. “Então, observamos uma recuperação gradual do montante das importações, que foram mais afetadas pela Covid-19”, comentou. As exportações, segundo a Secex, também apresentam tendência de aumento na média diária.
A média diária da corrente de comércio totalizou US$ 1,511 bilhão no mês, com saldo de US$ 273,63 milhões. Comparando-se este período com a média de outubro de 2019, houve queda de 9,1% na corrente de comércio.
Setores
O crescimento das exportações em outubro, na média diária, foi puxado pela indústria extrativa (+7,2%) e pela indústria de transformação (+4,7%), enquanto a agropecuária, desta vez, apresentou redução (-20,6%). foi o segundo crescimento mensal da indústria de transformação, em 2020, comparado ao mesmo mês do ano passado – com destaque, agora, para açúcar, etanol, celulose e carne suína, além de aeronaves e veículos automóveis de passageiros. Na indústria extrativa, destacou-se o minério de ferro, que experimenta uma recuperação de preços em outubro (+44%), principalmente devido ao aquecimento da demanda asiática.
O desempenho desses produtos se reflete também no crescimento das vendas para destinos como Argentina (+23,7%), com o segundo aumento mensal consecutivo, África (+10,6%) e União Europeia (+6,6%).
Acumulado
Brandão apontou que houve queda nas exportações no acumulado do ano (-6,5%), principalmente devido à queda nos preços dos bens no mercado internacional, além da redução nas importações de janeiro a outubro (-14,7%). O saldo comercial, assim, cresce 25,5%, enquanto a corrente de comércio também diminui (-10,1%).
Neste ano, com aumento de 10,2% até outubro, a China continua como maior destino das exportações brasileiras, já que é o principal comprador de soja, minério e petróleo brasileiros. Os Estados Unidos tiveram redução de 29,6% e a Argentina, no acumulado do ano, ainda apresenta redução de 18,2%, enquanto a União Europeia tem queda de 13,5% de janeiro a outubro.
Nas importações, houve redução de todas as origens, à exceção de América Central e Caribe (+1,3%). Da China (-7,5%), dos Estados Unidos (-19,7%), da Argentina (-26,7) e da União Europeia (-14,6%), houve diminuição das compras brasileiras.
Estimativas
O subsecretário explica que esses resultados do ano estão em linha com a última estimativa da Secex para 2020. A previsão é de queda de 6,5% nas exportações e de 12% nas importações. “Então, ainda esperamos uma manutenção do ritmo das exportações e uma continuidade da melhora das importações”, comentou Herlon Brandão.
Confira a coletiva de imprensa:
A notícia foi publicada em 04/11/2020 na página do Ministério da Economia.