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COMBATE À FOME
Consea presente no ato pela democracia
- Foto: Graccho/SGPR
“Hoje é dia de dizermos em alto e bom som: ainda estamos aqui. Estamos aqui para dizer que estamos vivos e que a democracia está viva, ao contrário do que os golpistas planejavam no dia 08 de janeiro de 2023”, declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, 08 de janeiro, dois anos após os ataques golpistas que destruíram acervos do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal com a intenção de ferir nossa democracia.
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional esteve representado. Para a presidenta Elisabetta Recine “não é apenas importante, é fundamental que esta data seja lembrada, entre tantas razões, se as intenções de 8 de janeiro tivessem se concretizado o Consea e talvez nenhum outro conselho de participação social existiria hoje. O Estado Brasileiro estaria de costas ou ainda pior que isso para as necessidades e vozes de seu povo. Estamos reforçando a defesa e a importância da democracia não apenas pelo que aconteceu, vem acontecendo e pelo que se anuncia já no início deste ano no cenário internacional. Mais do que nunca somos desafiadas a reforçar nossos vínculos, aprofundar nossas práticas, ampliar nosso diálogo para que mais e mais pessoas possam se juntar no caminho pela justiça, igualdade e liberdade”
Em um abraço simbólico à democracia, centenas de manifestantes estiveram na Praça dos Três Poderes e, junto com o presidente Lula, ministras e ministros, demais autoridades e muitas representações de movimentos e organizações populares, deram as mãos para ratificar a luta por um país livre, mais justo e igualitário.
O presidente também recepcionou 21 obras de arte e peças do acervo cultural do Palácio do Planalto que haviam sido vandalizadas pelas invasoras e invasores naquele dia de janeiro de 2023, entre elas, o relógio suíço do século 18 que pertenceu a Dom João VI e a famosa pintura As Mulatas, de Di Cavalcanti.
Também foi assinado durante o Ato o decreto que cria o Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia. A distinção será concedida anualmente pelo Observatório da Democracia da Advocacia-Geral da União e pretende dar visibilidade a pessoas que tenham colaborado de forma notória, seja por atuação profissional, intelectual, social ou política, para a preservação, restauração ou consolidação do regime democrático no Brasil.
Ao final do evento, o presidente da República lembrou que a luta pela democracia é um trabalho diário e que ainda existem grandes desafios pela frente. "Democracia para poucos não é democracia plena. Por isso, a democracia será sempre uma obra em construção. A democracia será plena quando todas e todos os brasileiros, sem exceção, tiverem acesso à alimentação de qualidade, saúde, educação, segurança, cultura e lazer", observou.