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G20 SOCIAL
No Dia Internacional da Igualdade Salarial, G20 debate empoderamento econômico feminino
- Foto: Divulgação
Mais de 150 pessoas, entre membros do G20, de governos de países convidados e organizações internacionais, reuniram-se em evento virtual nesta quarta (dia 18) para debater empoderamento econômico feminino. O encontro integra os debates do G20 Social na Trilha de Finanças e GT de Empoderamento Feminino.
Helena Guarezi, do Ministério das Mulheres, e a embaixadora Tatiana Rosito, coordenadora da Trilha Finanças do G20 - do Ministério da Fazenda -, conduziram o encontro que reuniu autoridades de países como Estados Unidos, Itália, Inglaterra, México, Austrália, Singapura, Arábia Saudita, Índia, Japão, Alemanha, além de membros da Comissão Européia e da Comissão da União Africana – CUA e de organismos internacionais. Também participou do evento a primeira-dama da República, Janja Lula da Silva.
“Precisamos avançar na igualdade de gênero […] de forma que as mulheres possam efetivamente contribuir na construção de soluções para questões que vão desde o acesso a serviços públicos básicos até impulsionar um desenvolvimento econômico mais equitativo e sustentável”, disse Janja em sua fala de abertura.
A iniciativa do evento é baseada no Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5, igualdade de gênero, e em compromissos estabelecidos em outros tratados e convenções dos quais o G20 é signatário.
“É importante ressaltar que uma das entregas deste debate será um documento com comentários e sugestões para os delegados da Trilha de Finanças do G20”, afirmou a embaixadora Rosito. Ela observou que há elementos transversais da agenda de empoderamento das mulheres a serem desenvolvidos em todos os grupos de trabalho e iniciativas da trilha financeira, conforme a nota conceitual distribuída aos participantes. Alguns membros ressaltaram a importância dessa iniciativa da presidência brasileira do G20 ter continuidade na presidência sul-africana.
A secretária lembrou ainda que, segundo o acordo dos líderes em Nova Delhi, em 2023, os países membros se comprometem a promover participação significativa de mulheres na economia como tomadoras de decisão. “Completamente em pé de igualdade e de forma efetiva”, acrescentou. Vários participantes realçaram a importância da igualdade salarial, cujo dia internacional é celebrado nesta data, 18 de setembro.
A secretária Guarezi parabenizou a Trilha de Finanças do G20 por incentivar a transversalidade da temática da igualdade entre mulheres e homens. “Este evento fortalece a convergência do entendimento que pensar a economia, a macroeconomia, é pensar nas questões sociais e vice-versa, porque ambas se alimentam uma da outra”, disse Guarezi.
As falas dos presentes deram apoio à iniciativa da presidência brasileira. Lyndsey White, que compartilhou com os presentes acreditar ser a primeira representante mulher do Reino Unido no nível de vice-ministros, disse que o país apoia o aumento da representação feminina. E destacou a imagem que viu na reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais, em julho: “Eram mais de 20 mulheres e posso afirmar que já avançamos muito, mas ainda temos muito a avançar”, colocou.
Patrícia Pollard, representante dos Estados Unidos, falou das convergências entre as estratégias de igualdade de gênero entre os países, que formam uma base comum de atuação. “São estratégias que passam por construir capital financeiro para mulheres, a partir de crédito facilitado e outras políticas afirmativas para o setor; também passam pelo combate à violência e a todas as formas de discriminação; por ações de incentivo às mulheres empreendedoras e empresárias; pelo acesso a serviços de qualidade na saúde, bem como à educação e aos cuidados para o desenvolvimento infantil e à extensão dos benefícios da assistência social”, afirmou. Pollard elogiou a iniciativa do governo brasileiro e disse esperar o dia em que não será mais preciso falar mais sobre o assunto, porque simplesmente estará lá. “Espero que minha filha não precise lutar por essa questão.”
Outras autoridades presentes também compartilharam suas experiências nacionais, a exemplo do Egito e da Arábia Saudita, que apresentaram iniciativas voltadas ao acesso das mulheres a instituições bancárias, bem como de outras ações voltadas ao microempreendedorismo, com estratégias que prevêm ações para ampliação do acesso a crédito, educação financeira, acesso a mercado, tecnologia e inovação.
Representantes de Japão e Singapura destacaram a economia do cuidado e explicaram como seus países vêm estabelecendo incentivos específicos para que as mulheres possam ampliar a sua participação na força de trabalho.
Com informações do Ministério da Fazenda.