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PARTICIPAÇÃO SOCIAL
SG instala Fórum de Participação do Rio Grande do Sul
- Foto: Graccho | ASCOM/SGPR
O primeiro passo para que a sociedade civil organizada colabore, sugira e acompanhe as ações e políticas públicas do governo federal no Rio Grande do Sul foi dado com a instalação do Fórum de Participação Social no estado, ontem, 28, em Porto Alegre. A instalação de Fóruns nos estados já estava sendo discutida no Conselho Nacional de Participação Social e a decisão de começar com os Fóruns Estaduais pelo Rio Grande do Sul foi tomada a partir da emergência climática.
Ao longo do primeiro ano, o Fórum do RS será composto por representantes de 50 organizações e movimentos sociais do estado, indicados pelos membros da sociedade civil do Conselho de Participação Social da Presidência da República.
A cerimônia de instalação do Fórum foi feita pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, acompanhado do ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias e do presidente da Conab, Edegar Pretto.
O ministro Márcio Macêdo ressaltou a importância da rede de solidariedade dos movimentos sociais para a reconstrução do Rio Grande do Sul. “O trabalho dos movimentos sociais tem sido fundamental para enfrentar essa tragédia. E é esse sentimento que vejo aqui, no olhar de cada um. É o sentimento de solidariedade, de reconstrução coletiva. ” afirmou Macêdo.
O ministro também falou sobre a sensibilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a situação do povo gaúcho. “ Ele não pestanejou e colocou o governo federal inteiro aqui no Rio Grande do Sul e criou um ministério para coordenar todas as ações federais. Nós temos um desafio aqui, sem substituir nem governo estadual, nem o municipal, nós não podemos cruzar os braços. E , sem mimimi, precisamos fazer o que tem que ser feito. Essa é a decisão do presidente. Vamos fazer” explicou Macêdo.
“Muito importante que a gente tenha espaço para a população, não só para acompanhamento das políticas públicas, mas para a formulação, para propor, para construir junto conosco esse conjunto de ações que o governo federal tem implementado” afirmou o ministro Paulo Pimenta sobre o Fórum de Participação Social do Rio Grande do Sul. Ele ainda lembrou que o presidente Lula, desde o primeiro momento, tem demonstrado compromisso e sensibilidade para que o povo gaúcho receba a resposta adequada ao desastre climático que se abateu sobre o estado.
Lideranças de movimentos sociais falaram do significado da instalação do Fórum e já fizeram, na reunião de instalação, as primeiras sugestões de ações para a reconstrução do estado. “Nesse primeiro momento a gente ainda tá na fase do socorro, de socorrer as pessoas que ainda estão sem casa. Mas a partir de amanhã ou depois, quando essas pessoas retornarem para suas casas e não tiverem casas e não tiverem estruturas, mais ainda vai ser fundamental a democracia e a participação social, o controle efetivo, para que as mentiras não passem por verdades e para que a informação e as políticas públicas possam sair de Brasília e chegar no lar dos gaúchos e gaúchas” disse Getúlio Vargas Júnior, representante da Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM).
Elis Regina, representante da União de Negras e Negros pela Igualdade (UNEGRO), falou sobre a ação conjunta do governo federal e da sociedade organizada e os resultados para o povo gaúcho. “As ações do governo federal serão fundamentais, uma série de ações e medidas já foram tomadas: amparo estrutural logístico e financeiro, fundamentais na reconstrução do Rio Grande do Sul. A sociedade organizada tem um papel fundamental, as organizações que compõem o Fórum de Participação Social constituem grande força mobilizadora e articuladora de amplos setores da sociedade gaúcha em diversas frentes de atuação" afirmou Elis.
O Fórum de Participação Social do Rio Grande do Sul terá reuniões ordinárias a cada três meses e extraordinárias por convocação do Coordenador, com 15 dias de antecedência.