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RIO GRANDE DO SUL
Cozinhas solidárias recebem botijões doados por distribuidores de gás de cozinha após pedido do governo federal.
- Foto: Graccho | ASCOM/SGPR
Um dia intenso, de muito trabalho, com anúncios de ações do governo federal e o irrestrito apoio aos trabalhos dos movimentos sociais e solidariedade às famílias vítimas do desastre climático. Foi a marca da segunda visita feita ao Rio Grande do Sul , no dia de hoje, 28, pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo.
O primeiro compromisso foi uma visita à Unidade Armazenadora da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab, que está sendo utilizada para distribuição de alimentos e água. Com o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social e com o presidente da Conab, Edegar Pretto, Macêdo viu de perto a logística para que as cestas básicas adquiridas pelo governo federal cheguem às mãos dos atingidos pelas cheias.
Já na Unidade de Triagem e Compostagem (UTC) Francisco Engel Rodrigues, o ministro Márcio Macêdo ouviu as principais necessidades de quem trabalha na cooperativa que reúne catadoras e catadores de material reciclável em Porto Alegre (RS). Ao lado do Movimento Nacional de Catadores de Material Reciclável, o ministro Márcio Macêdo levou apoio e solidariedade aos profissionais que trabalham com materiais reutilizáveis e recicláveis e que foram diretamente atingidos pelas cheias no Rio Grande do Sul. Junto com o ministro de Minas e Energia, Alexandre da Silveira e do ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, o ministro Márcio Macêdo anunciou a distribuição de 2.540 cestas básicas e 2 mil litros de água mineral arrecadados e transportados pelos Correios para as 108 cooperativas de catadoras e catadores do RS.
Lideranças dos catadores e catadoras do Rio Grande do Sul expuseram a situação que estão enfrentando, as reinvindicações estruturais e falaram da necessidade de investimento na reconstrução do estado "Os catadores e catadores estão em aliança com outros movimentos sociais para construir alternativas para que a gente possa de fato superar este momento, mas superar com protagonismo e superar com empoderamento da nossa comunidade. A gente não quer que as coisas sejam feitas para nós. Nós queremos ser protagonistas deste processo de reconstrução também e a gente conta com todo mundo neste processo também", disse Fagner Jandrey catador e articulador da Secretaria Estadual do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR).
Graziela de Arruda Alves, liderança das catadoras de Porto Alegre e do MNCR, disse que as catadoras e catadores "são todos capazes. O que a gente não tem é estrutura. A gente quer ser pago pelo serviço que a gente faz. E que não é fácil. A gente quer uma boa alimentação. A gente quer uma água potável para tomar, para fazer comida, para higiene".
A Secretaria-Geral, que coordena o Programa Diogo de Sant'Ana Pró-Catadoras e Pró-Catadores para a Reciclagem Popular, elaborou em conjunto com o Comitê Interministerial para Inclusão Socioeconômica de Catadoras e Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis – CIISC, um plano de ação com medidas emergenciais de curtíssimo prazo e ações estruturantes para a reconstrução e fortalecimento das cooperativas de catadores e para recomposição das cadeias de comercialização de materiais recicláveis no estado.
Gás para Cozinhas Solidárias - A terceira visita foi à Cozinha Solidária do Bairro Azenha, organizada e mantida pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST. A Cozinha produz 5 mil marmitas todo dia para alimentar os atingidos pela enchente. Uma das maiores preocupações dos organizadores era com o gás de cozinha. Hoje, a cozinha recebeu os primeiros botijões doados pelo o Sindicato de distribuidoras de gás de cozinha – Sindigás após uma articulação da SGPR em conjunto com o Ministério de Minas e Energia. O sindicato vai garantir o fornecimento de gás para as 269 Cozinhas Solidárias em atividade no estado por três meses. Os ministros Wellington Dias e Alexandre Silveira e os representantes do Sindigás acompanharam a visita, almoçaram na cozinha solidária e aprovaram a comida.
Ao deixar a cozinha o ministro explicou a prioridade para a atuação do governo federal no estado: “As ações do governo federal são para acudir o povo de uma forma geral e nós estamos aqui para ver aqueles segmentos que mais estão precisando da ação das políticas públicas. Quais são as ações emergenciais? Quem tem fome, tem pressa. A prioridade é alimento, água, itens de higiene pessoal, o essencial para se manter vivo”.
Márcio Macêdo ainda acompanhou a entrega de duas bombas de drenagem da Petrobras para ajudar a dar vazão à água que invadiu ruas e bairros inteiros de Porto Alegre. Os equipamentos vão ajudar a retirar a água do Bairro Anchieta. Elas se juntam a outros 25 conjuntos de alta capacidade de drenagem fornecidos pela Petrobras a partir do pedido dos Ministérios do Desenvolvimento Regional e de Minas e Energia.
O ministro Márcio Macêdo fez questão de lembrar que o governo federal está fazendo ações que são de sua responsabilidade na reconstrução do Rio Grande do Sul. “Não estamos aqui para substituir nem a prefeitura, nem o governo do estado. A prefeitura tem as suas obrigações e o governo do estado também. E o presidente Lula determinou prioridade no governo: ajudar no que a gente puder ajudar. Tanto para salvar vidas quanto para reconstruir o estado, e reconstruir o estado social e as estruturas que foram completamente destruídas pelas chuvas” afirmou Macêdo.
O dia de trabalho encerrou-se com a instalação do Fórum de Participação Social (FPS) do Rio Grande do Sul, com a presença dos ministros Wellington Dias, Alexandre Silveira e Paulo Pimenta, além do presidente da Caixa, Carlos Fernandes. O Fórum é integrado por 50 representantes de organizações e movimentos sociais com atuação no Estado do Rio Grande do Sul, indicados pelos membros da sociedade civil do Conselho de Participação Social da Presidência da República, e que poderão participar, opinar e colaborar com as políticas públicas de reconstrução.
Visita à Unidade de Triagem e Compostagem (UTC) Francisco Engel Rodrigues em Porto Alegre/RS: