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Ministro Márcio Macêdo recebe Movimento dos Atingidos por Barragens
- Foto: ASCOM/SG/GRACCHO
Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens, MAB, foram recebidos pelo ministro Márcio Macêdo, pela secretária-executiva da SG, Kelli Mafort e pela secretária nacional de Diálogos e Apoio a Políticas Públicas da SG, Kenarik Boujikian no Palácio do Planalto. O MAB trouxe ao ministro uma carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em que solicitam uma audiência para apresentar as principais necessidades dos atingidos pelo rompimento da barragem em Mariana-MG em 2015.
O principal pedido dos atingidos é a inclusão do Movimento na negociação da reparação aos atingidos conduzida pela Justiça Federal. Eles contestam os valores propostos até agora e alegam que é insuficiente para cobrir os danos causados pelos resíduos da barragem que chegaram até o Espirito Santo.
Márcio Macêdo garantiu aos atingidos que vai se empenhar na inclusão deles na negociação e também no grupo interministerial que debate o tema no governo federal. “Nessa tragédia, a vítima é a vida. A vida das pessoas atingidas, dos ribeirinhos e ribeirinhas, das famílias que perderam seus entes queridos não tem dinheiro, não tem compensação que resolva essa dor. Essa é uma ferida aberta nos lares que perderam pessoas queridas. Só Deus para acalentar os corações dessas pessoas.” afirmou Macêdo ao completar que o prejuízo também chegou à vida animal, vida da floresta.
O ministro se comprometeu a entregar a carta ao presidente e disse que vai trabalhar para que a Justiça, que coordena o processo de compensação, inclua a voz de quem foi atingido por essa tragédia. “Acho que é o correto e que é o mínimo que se pode fazer nesse processo. Incluir o debate e a voz de quem foi atingido” avaliou Macêdo. No ambiente do governo, Márcio Macêdo pediu que a secretária-executiva da SG entre em contato com os pontos focais de cada ministério envolvido no tema para que ouçam os atingidos.
A carta entregue ao ministro da Secretaria-Geral pede que o presidente da República faça a Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens (PNAB) “ser a referência para um acordo justo. Assim, o Brasil pode construir um exemplo internacional a ser apresentado no encontro do G20, no Rio de Janeiro, no mês que marcará os 9 anos do rompimento, e na Conferência do Clima (COP 30), que acontece em novembro de 2025, mês que completa 10 anos do crime do rompimento em Mariana. Uma oportunidade histórica de fazer justiça e mostrar para o mundo como tratar crimes socioambientais para garantir os direitos dos atingidos e a reparação ambiental” finaliza o documento dos atingidos.