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A ousadia de sonhar e lutar da juventude mundial: Cúpula do Y20 começa no Rio de Janeiro
Estiveram presentes jovens brasileiros que foram delegados do Y20 nas cúpulas da Índia (2023) e da Indonésia (2022). - Foto: Audiovisual/G20
No Theatro Municipal do Rio de Janeiro, neste 12 de agosto, Dia Internacional da Juventude, o tradicional e o irreverente se encontraram. No prédio que combina elementos neoclássicos e art nouveau, conhecido por apresentações de ballet ou ópera, o palco foi ocupado pelo novo, pela juventude que ousa sonhar e lutar por um mundo mais justo e um planeta mais sustentável. Com os sons do funk, do slam e do samba, no ritmo do passinho, é que o Youth 20 (Y20), grupo de engajamento de juventudes do maior fórum de cooperação econômica internacional do mundo, realizou a abertura de sua Cúpula.
Repetindo o feito da Pré-Cúpula, que aconteceu em junho, em Belém, capital do Pará, as juventudes internacionais lotaram o Theatro, reforçando o interesse e a capacidade das gerações do século XXI em debaterem e proporem os caminhos em temas como reforma da governança global, desenvolvimento sustentável e combate à fome e à pobreza. Se as juventudes representam um quarto da população mundial, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), e são as mais afetadas por tantas das mudanças sociais, econômicas e climáticas, por que não serem estas também, com a audácia da diversidade, as vozes e as caras das soluções? Esta é a proposta do encontro que acontece até o dia 16 (sexta-feira), na capital fluminense.
“Enquanto nós falamos agora, jovens nos nossos países seguem sendo afetados e excluídos, abandonados pela ausência de políticas públicas para a população jovem, pela fragilidade dos espaços de participação social, pela fragilidade dos espaços de protagonismo da juventude e nós precisamos aqui, nesse ambiente, avançar nesse compromisso histórico e dizer que não terá nada para nós sem nós, mas trazendo um sentido real para essa frase e não para poesia dos espaços institucionais”, falou Marcus Barão, chair do Y20, ao público presente.
“É muito bonito ver aqui a pluralidade de jovens do Brasil e do mundo, ver essa juventude que tem na veia a rebeldia consequente e a vontade de transformar os sonhos em realidade”, disse Bruna Brelaz, presidenta do Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE). “É preciso refletir sobre os desafios dessa geração, nós defendemos o direito a acesso ao mercado de trabalho com salários dignos, queremos ter direito a plena cultura e também queremos ter direito aos nossos territórios com saneamento básico, com segurança. Nós lutamos mais do que nunca por justiça climática e queremos nossas juventudes negras e indígenas vivas”, acrescentou ela, que, na oportunidade, anunciou a criação do Comitê de Articulação do Plano Nacional de Juventude.
Com participação de todos os países do G20 e organismos convidados, estão confirmadas as presenças do secretário-geral assistente para Assuntos de Juventude da ONU, Felipe Paullier, do Secretário-Geral da União Pan-Africana de Juventude, Bening Ahmed Wiisichong e de autoridades do governo federal brasileiro.
"Falamos com o sentimento que nós é característica fundamental . Falamos com nossos olhos, falamos com o nosso olhar, falamos com um sorriso, falamos com gestos, falamos com abraço. Talvez seja um pouco diferente dos costumes de vocês. E essa é a grande graça do Y20: conhecer gente de todo o mundo. E é por isso que fizemos as coisas de maneira diferente, para que vocês pudessem conhecer a juventude brasileira que está aqui. Então, vamos dar uma salva de palmas para a juventude brasileira que está aqui organizando, se mobilizando e participando desse fórum de debate internacional", declarou o secretário nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência, Ronald Luiz dos Santos.
Fonte: https://www.g20.org/pt-br
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