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Workshop Global da ONU no Rio abre discussões sobre monitoramento da Agenda 2030
- Foto: Cláudio Kbene/SEAUD-PR
Em sua segunda edição global, o Workshop sobre Relatórios Nacionais Voluntários - RNV recebe 26 países para compartilhar suas experiências na elaboração de seus relatórios. A primeira-dama, Rosângela Lula da Silva e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo participaram da mesa de abertura do evento que teve sua primeira edição no ano passado na Etiópia. Os RNVs são relatórios que resumem a situação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), suas metas e indicadores em cada um dos países e serão apresentados na sessão de julho de 2024 do Fórum Político de Alto Nível para o Desenvolvimento Sustentável (HLPF) das Nações Unidas na sede da ONU em Nova Iorque nos Estados Unidos.
O workshop incentiva a aprendizagem entre os países e a troca de experiências relacionadas aos preparativos e apresentação dos RNVs. Evento pode reforçar a capacidade dos países para realizar análises inclusivas e baseadas em evidências dos progressos na Agenda 2030 e dos ODS. Países que já apresentaram RNV e os que estão preparando RNV vão compartilhar seus conhecimentos. O processo de finalização dos relatórios do RNV será abordado durante o workshop, bem como informações para as apresentações do RNV no HLPF.
A primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, destacou a importância dada pelo governo brasileiro aos ODS e lembrou do papel que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exerce na comunidade internacional para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o longo caminho que existe até que os ODS seja atingidos. “Nós temos uma longa caminhada até lá e os países precisam caminhar de mãos dadas. A aliança global que o presidente Lula lançou fala sobre isso: são os países caminhando de mãos dadas por um mundo melhor. Não adianta nós no Brasil alcançarmos os ODS até 2030 e termos países distantes disso”. afirmou Janja Lula da Silva.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, falou sobre a importância da retomada da Agenda 2030 no Brasil e a criação do 18º ODS pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que fala sobre a redução das desigualdades raciais. “Nós estamos no processo de retomada da construção do nosso Relatório Nacional Voluntário. Estamos recebemos vocês aqui no Brasil para que possamos colaborar com esse debate no planeta como um todo e que vocês possam nos ajudar nesse novo momento do Brasil da consolidação e retomada da Agenda 2030” disse o ministro Márcio Macêdo.
A presidenta do IPEA, Luciana Cervo lembrou a importância dos ODS como orientadores de políticas públicas e do trabalho do Instituto na consolidação do Relatório Nacional Voluntário. “Quando os ODS passam a ser considerados também como política pública, como eixo estruturante dentro do PPA, eles direcionam a prioridade que é dada a essa agenda dentro do governo brasileiro. Entregar um RNV não é simplesmente cumprir um compromisso com o sistema ONU, é cumprir um compromisso com o país” disse Luciana.
Já o embaixador e Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, André Correia do Lago explicou que os ODS criam padrões para todos os países do mundo. “Podem existir países desenvolvidos, mas não existem países desenvolvidos sustentávelmente. Todos os países desenvolvidos também deverão fazer mudanças nas suas estruturas e em suas economias. É um desafio que estamos enfrentando juntos” informou o embaixador.
O presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mario Moreira; o diretor-geral Brasileiro da ITAIPU Binacional, Enio Verri e a coordenadora residente da ONU no Brasil, Sílvia Rucks Del Bo também participaram da abertura do evento.
Sobre as oficinas
A série de oficinas é organizada pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU – UNDESA e na edição brasileira, a primeira da América Latina, tem apoio do Ministério das Relações Exteriores italiano, da FIOCRUZ e da Itaipu Binacional. Contará com a participação de 26 países, entre eles Colômbia, México, África do Sul, Equador e Costa Rica e outros que compartilharão suas experiências na construção dos RNVs. Trazer esta oficina para o Brasil é uma contribuição da política externa brasileira para o avanço da governança em torno da sustentabilidade mundial.