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PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Levantamento de patrimônio cultural em comunidades enriquece processos de educação popular
- Foto: Gabriel H. M. Palafox
A educação popular pode se apropriar de ferramentas da educação patrimonial para criar vínculos territoriais nos processos de formação desenvolvidos pela Secretaria de Participação Social (SNPS), da Secretaria-Geral da Presidência da República. Essa é uma contribuição que a Coordenação de Educação Patrimonial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) apresentou em uma oficina sobre Inventários Participativos, mediada pelo antropólogo Paulo Moura Peters, nesta terça-feira (19), no Centro de Formação e Desenvolvimento de Pessoal da Presidência da República.
A diretoria de educação popular da SNPS promoveu a atividade como parte da estratégia de fortalecimento de práticas de educação popular no governo federal. Na oficina, os servidores puderam conhecer ferramentas usadas pelo IPHAN em ações de educação patrimonial que podem ser adaptadas a outros contextos para mobilizar a sociedade com o intuito de garantir a participação social na gestão de políticas públicas.
A principal ferramenta utilizada pelo IPHAN é o inventário participativo que desenha a comunidade ao perceber desde uma comida que identifica a população local até um templo sagrado reconhecido como tal. Esse inventário é participativo, mantém uma relação ativa com as pessoas em um processo de escuta que valoriza o que a comunidade entende como patrimônio arqueológico, material e imaterial.
Na oficina, das técnicas de construção coletiva usadas nos inventários participativos, os servidores utilizaram o mapa afetivo como instrumento que possibilita o levantamento de percepções dos indivíduos em relação ao território em que vivem. Essa é uma prática de educação patrimonial que o IPHAN utiliza para engajar comunidades na preservação do patrimônio cultural.
Segundo o antropólogo Paulo Moura Peters, a utilização de suporte como um mapa construído colaborativamente pode propiciar trocas efetivas entre habitantes de um território. Ele explicou que o território é visto de forma humanizada e politizada.
A diretoria de educação popular da SNPS reuniu servidores da Secretaria Nacional de Participação Social, da Secretaria Nacional de Diálogos Sociais e da Secretaria Nacional de Juventude. A troca de experiências entre servidoras e servidores contribui com o desenvolvimento de competências capazes de facilitar a efetivação da educação popular em processos participativos desencadeados pelo governo federal.