Notícias
Governo reúne ministros para receber reivindicações da Marcha das Margaridas
- Foto: Bruno Peres | ASCOM/SGPR
O Governo Federal reuniu a maior quantidade de ministras e ministros já registrada na história da Marcha das Margaridas para receber os principais pontos de reivindicação da organização do evento. Ao todo, 13 integrantes do primeiro escalão federal estiveram presentes ao encontro com as mulheres camponesas no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (21). O evento foi coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência e contou com a presença do ministro Márcio Macêdo e da Secretária-Executiva da SG, Maria Fernanda Coelho.
Participaram do evento as ministras Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima); Nísia Trindade (Saúde); Anielle Franco (Igualdade Racial); Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação); Daniela Carneiro (Turismo); Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos); e o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), entre outros representantes e autoridades.
“As pautas aqui apresentadas são fruto de diálogo estabelecido entre organizações e movimentos sociais articulados”, informou Mazé Morais, responsável por coordenar a Marcha, que é realizada, anualmente, desde o ano 2000. O documento entregue aos ministros e ministras traz demandas debatidas por representantes de mulheres camponesas de todo o País, e pede medidas concretas que garantam os direitos das mulheres do campo e da floresta.
A ORDEM É OUVIR O POVO
Márcio Macêdo destacou a importância que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dá à participação social. “Nós estávamos com os canais de participação completamente obstruídos. A primeira ordem que o presidente me deu, foi: ´Reabra todos os canais que nos permitam ouvir o povo!´ E assim reeditamos os conselhos, criamos outros e atualizamos os mecanismos de escuta da sociedade”, contou.
O ministro informou que a Secretaria-Geral foi redesenhada para ser a casa da participação social. “Aqui é a casa de vocês, fiquem à vontade, estamos sempre prontos para o diálogo”, disse. “Na segunda-feira (26), vamos fazer uma reunião de trabalho, eu, a ministra Cida Gonçalves e o ministro Paulo Teixeira, para já nos debruçarmos sobre a pauta, dialogarmos com os outros ministérios para que possam ser realizados os desejos e os sonhos de cada uma das Margaridas”, informou.
A ministra Cida Gonçalves destacou, em sua fala, o poder de decisão de cada mulher, seja no campo, na floresta ou na cidade: “Nós temos o direito de viver e de não aceitarmos ficar em qualquer lugar. É para isso que a Marcha das Margaridas vem. Meu compromisso é me ligar 24h aos meus colegas de ministério para entregar as respostas que vocês estão vindo buscar”, disse.
MULHERES DO CAMPO E DA FLORESTA
A Marcha das Margaridas é considerada a maior mobilização de mulheres do campo e das cidades da América Latina. Em 2023, será realizada a sétima edição, nos dias 15 e 16 de agosto, e mais de 150 mil mulheres são aguardadas em Brasília.
Ela é promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), federações e sindicatos que se consolidaram na agenda do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) e das organizações parceiras, movimentos feministas e de mulheres trabalhadoras e centrais sindicais e organizações internacionais.
As pautas de reivindicações são orientadas por 13 eixos, entre os quais destacam-se o fortalecimento das trabalhadoras rurais; o protagonismo (e visibilidade) à contribuição econômica, política e social das mulheres do campo; a crítica ao modelo de desenvolvimento hegemônico a partir de uma perspectiva feminista; e a luta pelo aperfeiçoamento e consolidação das políticas públicas voltadas às mulheres do campo, da floresta e das águas, nas esferas municipal, estadual e federal.