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Ministro Márcio Macêdo recebe Medalha do Mérito Santos Dumont
- Foto: Bruno Peres ASCOM/SGPR
O ministro-chefe da secretaria-geral Márcio Macêdo recebeu, das mãos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a Medalha do Mérito Santos Dumont. A honraria foi entregue durante a comemoração de 150 anos de nascimento de Alberto Santos Dumont, pai da aviação e patrono da Força Aérea Brasileira, nesta quinta (20). “Foi um evento muito bonito e emocionante que relembrou o homem que inventou o avião à propulsão e é precursor da indústria brasileira de aeronaves que hoje é uma das três maiores fabricantes do mundo”, declarou Márcio. Além de Márcio Macêdo, outros ministros também receberam a medalha.
A cerimônia foi realizada na Base Aérea de Brasília, e destacou “A vida, a Obra e os Valores de Santos Dumont em 06 Atos”. As homenagens às criações de Dumont e sua vida dedicada à aviação, contaram com desfile de tropa, sobrevoo de aeronaves da FAB, participação da Esquadrilha da Fumaça e uma encenação teatral sobre a vida e obra de Santos-Dumont.
MEDALHA - Criada pelo Decreto nº 39.905, de 5 de setembro de 1956, alterada pelo Decreto nº 4.209, de 23 de abril de 2002, e regulamentada pela Portaria nº 666/SCGC, de 10 de junho de 2020.
Personalidades civis e militares, brasileiros ou estrangeiros, podem receber a medalha "Mérito Santos-Dumont", desde que tenham prestado destacados serviços à Força Aérea Brasileira ou, por suas qualidades ou seu valor, em relação à Aeronáutica, forem julgados merecedores dessa condecoração.
Entre outras condições básicas, o candidato Militar da Aeronáutica deve ser possuidor de "Medalha Militar". Se Oficial, ser, no mínimo, Major, exceto Oficiais do Quadro de Oficiais Especialistas da Aeronáutica. Se Graduado, deve possuir a "Medalha Bartolomeu de Gusmão" há mais de dois anos, e, sendo do Quadro de Suboficiais e Sargentos, ser, no mínimo, Primeiro-Sargento. O Servidor Civil da Aeronáutica deve ter, no mínimo, dez anos de serviço no Comando da Aeronáutica e ser possuidor da "Medalha Bartolomeu de Gusmão" há mais de dois anos, se de nível médio ou auxiliar.
A entrega das condecorações aos agraciados efetuar-se-á, em princípio, no dia 20 de julho de cada ano, em solenidade comemorativa ao aniversário de Alberto Santos-Dumont.
A apreciação do mérito dos militares e civis em condições de serem agraciados fica por conta do Conselho do Mérito Santos-Dumont."
DE MINAS PARA O MUNDO - Nascido do interior de Minas Gerais, em 1873, Santos Dumont foi aeronauta, esportista e aviador. Construtor dos primeiros balões dirigíveis à gasolina, Santos Dumont contornou a Torre Eiffel, na capital francesa, em 1901 com seu dirigível “Nº 6”, tornando- se uma das pessoas mais famosas do século XX. pós o sucesso com balões e dirigíveis, Santos Dumont partiu para outra linha de pesquisa: queria, agora, voar com um veículo mais pesado que o ar. O protótipo era composto por uma fuselagem longa, com a nacele do balão número 14 na parte de trás – um biplano com uma construção parecida com pipas japonesas, portando um motor de oito cilindros e sobre três rodas: o primeiro trem de pouso que se tem notícia. A inovação era pulsante desde os testes. O aviador construiu um sistema de cabos inclinados para testar a dirigibilidade do 14-Bis: um inovador simulador de voo.
Em 1905, na plateia de uma corrida de lanchas num quente verão no Rio Sena, Santos Dumont avista uma potente lancha com motor Antoinette de 24 HP e começa aí a planejar “o mais pesado que o ar”. Aproveitando o sucesso dos planadores e, em especial, o planador com células de Hargrave, o inventor constrói o primeiro avião, o 14-Bis, com o motor Antoinette, usando o balão nº 14 para testes de estabilidade.
Foi no dia 7 de setembro de 1906 que o 14-Bis deu um primeiro salto no ar, mas faltou potência. Já em 23 de outubro, com motor Antoinette de 50 HP, o 14 Bis voou, decolando, mantendo-se no ar por uma distância de 60 metros, a três metros de altura, e aterrissou. Era o primeiro voo homologado do “mais pesado que o ar” para uma multidão de testemunhas eufóricas no campo de Bagatelle, em Paris. No dia seguinte, toda a imprensa francesa louvou o fato histórico, o triunfo de um obstinado brasileiro, que, pelo feito, conquistou o prêmio Archdeacon oferecido pelo Aeroclube de França. O dinheiro do prêmio foi distribuído para seus operários e os pobres de Paris, como era o costume do inventor. A capacidade de inovação, a criatividade e o pioneirismo do herói nacional são motivos de orgulho para o povo brasileiro, que nesta celebração dos 150 anos de seu nascimento, nos rememora seu legado para a ciência e a tecnologia do país.