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DIÁLOGOS AMAZÔNICOS
Ministro Márcio Macêdo destaca participação social nos Diálogos Amazônicos
O ministro Márcio Macêdo afirma que o "debate de alto nível" na Cúpula da Amazônia resultará em um documento que contemple as necessidades dos países amazônicos - Foto: Bruno Peres | ASCOM/SGPR
Em coletiva de abertura dos Diálogos Amazônicos, na tarde desta sexta-feira (4/8), em Belém (PA), o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, destacou a importância da participação social na definição das políticas públicas e dos países amazônicos se juntarem para discutir a floresta, o desenvolvimento sustentável da região e o papel da Amazônia para o Brasil e o mundo.
A Cúpula da Amazônia, que acontece entre os dias 8 e 9 de agosto, reunirá os oito países que detêm parte do bioma amazônico e terá também a presença de representantes de outras nações com florestas tropicais no mundo. Do encontro, idealizado pelo presidente Lula, sairá um documento que contemple as necessidades desses países para preservarem suas florestas e garantir a qualidade de vida das pessoas que vivem nelas. “Será um debate de alto nível”, disse o ministro.
O documento final dos chefes de Estado levará em consideração a contribuição dos movimentos sociais e outras entidades da sociedade civil organizada nos debates e nas plenárias dos Diálogos Amazônicos, que seguem até domingo (6/8). São oito plenárias focadas nas principais temáticas que envolvem a região e outros 405 encontros chamados autogestionados.
O ministro contou que, quando a Cúpula da Amazônia foi definida, pensou-se num canal para trazer a participação social ao debate. A estimativa inicial era reunir um grupo de 500 pessoas, mas as inscrições surpreenderam. Foram mais de 11 mil pessoas inscritas e 6 mil circulando no primeiro dia, o que, segundo Macêdo, demonstra a necessidade de os países amazônicos discutirem esse tema.
“Tivemos seis anos de interdição da participação social nos destinos do país. Esse é um momento de construção coletiva. Estamos muito felizes de construir esse momento a várias mãos, do Governo Federal e do povo organizado do nosso país e dos outros países amazônicos”, afirmou o ministro.
Para a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a participação social cumpre a promessa do presidente Lula quando, na posse, subiu a rampa com representantes de diferentes segmentos sociais. Ela destacou a importância dos Diálogos debaterem a questão do racismo ambiental.
“Os povos indígenas e os ribeirinhos protegem o meio ambiente. O diálogo não seria democrático se não envolvesse essas pessoas”, disse. Segundo ela, o censo quilombola mostrou que, na Amazônia Legal, quase 80% das pessoas são negras e, nesta sexta, foi assinado um acordo de cooperação técnica para criação de um comitê de monitoramento da Amazônia Legal em relação à população negra.
Também presente à coletiva, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, lembrou os riscos do aquecimento global e defendeu que não há contradição entre desenvolvimento e preservação ambiental.