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Comitê de Governança da Ação Integrada no Rio realiza primeiro balanço
O lançamento da Ação Integrada nos hospitais federais do Rio de Janeiro completou uma semana, e os primeiros passos dados pelas equipes técnicas que estão em imersão nas unidades foram apresentados ao ministro Gustavo Bebianno pelo Comitê de Governança da ação, nesta quinta-feira (31), no Palácio do Planalto.
Compõem o comitê membros da Secretaria Especial de Modernização do Estado (SEME), que é vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República, do Ministério da Saúde e dos hospitais de referência (Sírio-Libanês (SP), Albert Einstein (SP), Alemão Oswaldo Cruz (SP), Hospital do Coração (SP) e Moinhos de Vento (RS). Participaram da reunião, ainda, representantes do Ministério da Defesa, da Controladoria Geral da União (CGU), da Secretaria de Controle Interno (Ciset/Presidência) e do Gabinete de Segurança Institucional, convidados a colaborar.
Segundo Fernando Torelly, diretor Executivo do Sírio-Libanês, cada hospital tem especificidades e necessidades diferentes, o que inviabilizaria a execução de um planejamento único. Sabendo disso, as equipes dos hospitais de referência apresentaram a lista de projetos disponibilizados pela ação integrada, oportunizando aos profissionais dos hospitais federais apontarem quais seriam as demandas prioritárias.
“As pessoas (funcionárias dos hospitais) estão abertas para pedir ajuda, estão engajadas e receptivas ao projeto", elogiou o diretor, acrescentando que 30 profissionais dos hospitais de referência estão distribuídos entre as unidades federais, compartilhando suas experiências.
Conforme demonstraram os representantes da Controladoria Geral da União, os problemas nos hospitais federais não são novidade. Em 2013, a CGU fez uma análise e identificou os principais. Segundo o estudo, são eles a descontinuidade administrativa; falha geral nos processos de aquisição; discrepância entre os valores pagos pelos hospitais pelos mesmos insumos; ineficiência, com desperdício de capacidade profissional e desencontro entre agenda do anestesista e do médico; falta do controle de frequência; e o indicativo de acúmulo indevido de cargos.
Diante desse cenário, no passado, algumas iniciativas foram tomadas, mas isoladamente. Para o Secretário de Controle Interno da Presidência, Allison Mazzuchelli, o diferencial da Ação Integrada é justamente o trabalho conjunto dos órgãos e entidades membros do Comitê, que agora está sendo realizado.
“Queremos receber informações frequentes sobre o projeto para contribuir com o nosso conhecimento fruto de experiências passadas. Muitos dos problemas já foram identificados antes. Soluções isoladas já foram propostas. O grande ganho dessa iniciativa é a articulação da Seme (Secretaria Especial de Modernização do Estado)", disse Allison, acrescentando que um relatório está sendo desenvolvido pela Ciset/Presidência e será entregue à Secretaria de Modernização, não só com avaliação, mas com proposta de soluções.
Durante a reunião, foi apresentado um estudo que aponta a possibilidade de economia de R$50 milhões ao ano. Segundo o levantamento, isso já seria possível se cada um dos hospitais comprasse os produtos sempre pelo preço mais baixo que um dos três praticou. “Se a economia anual é de R$50 milhões por ano, podemos concluir que, em 10 anos, a rede federal no Rio de Janeiro pagaria o custeio de um ano inteiro dos seis hospitais. Mas nós acreditamos que essa economia pode ser muito maior”, disse o ministro.
A partir da próxima semana, o trabalho será intensificado nos hospitais, com a aplicação dos projetos de aperfeiçoamento da gestão clínica, de acordo com o cronograma construído com os hospitais federais. Ao mesmo tempo, a equipe dedicada à melhoria da gestão administrativa estará debruçada sobre os estudos diagnósticos já feitos para, a partir da semana seguinte, iniciar a execução do plano de ação pessoalmente, nos hospitais.
Sobre a Ação
A ação integrada é um projeto da Secretaria Especial de Modernização do Estado (SEME), da Secretaria-Geral da Presidência da República, em parceria com o Ministério da Saúde e os cinco hospitais de referência: Sírio-Libanês (SP), Albert Einstein (SP), Alemão Oswaldo Cruz (SP), Hospital do Coração (SP) e Moinhos de Vento (RS).
Ao longo dos primeiros 100 dias de governo, o objetivo será qualificar os serviços assistenciais oferecidos pelos 6 hospitais federais localizados no Rio de Janeiro – Andaraí (HFA), Bonsucesso (HFB), Cardoso Fontes (HFCF), Ipanema (HFI), Lagoa (HFL), Servidores do Estado (HFSE) –, tornando-os mais ágeis, acessíveis e alinhados às boas práticas e aos padrões de qualidade e segurança dos pacientes.
Serão três etapas de trabalho nos hospitais : diagnóstico de cada unidade, produção de estratégia de gestão e início da implementação do plano de atuação. Os resultados esperados são: diminuir a espera por atendimento nas unidades de emergência; ampliar a produção por leito hospitalar melhorando o tempo médio de internação de cada paciente; reduzir os índices de infecção hospitalar; diminuir as taxas de mortalidade e racionalizar a utilização de recursos, permitindo que todos os recursos economizados com a melhoria de gestão sejam reaplicados nas próprias unidades.
ASCOM/SG-PR