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Estudo da SAE sobre abertura econômica é lançado em Brasília
O estudo “Abertura comercial para o desenvolvimento econômico”, terceiro Relatório de Conjuntura elaborado pela Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE-PR), foi lançado ontem, 26, na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em Brasília. A abertura do evento foi feita pelo Secretário Especial de Assuntos Estratégicos da SAE, Hussein Kalout, e pelo presidente da Enap, Francisco Gaetani, que ressaltaram a importância do estudo para estimular o debate entre representantes do governo, iniciativa privada e sociedade civil acerca da abertura econômica do Brasil e seus possíveis impactos e ganhos para os setores produtivos, trabalhadores e consumidores.
Durante o lançamento, foi realizado debate no qual participaram o Secretário de Planejamento Estratégico da SAE, Carlos Pio, o Secretário de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, e o Diretor do Banco Mundial no Brasil, Martin Raiser. Segundo Mansueto Almeida, o Brasil é um dos países mais fechados do mundo em termos de abertura comercial, o que mostra a necessidade de se pensar políticas públicas que reduzam os impactos negativos da transição para uma economia mais aberta. “A abertura é um desafio e o estudo elaborado pela SAE não esconde isso”, afirmou. Para ele, o relatório de conjuntura aponta caminhos e desperta a atenção a um tema difícil por conta da pressão exercida por alguns setores. “Esse estudo é um primeiro passo para um debate mais profundo sobre a abertura comercial e eu acredito nesse tipo de trabalho. Muitos países na década de 80 e 90 não fizeram estudos de impacto e, por isso, o tema causa resistência, contudo o debate é necessário”, concluiu.
O Diretor do Banco Mundial, Martin Raiser, destacou que o relatório desperta o interesse para se pensar a abertura comercial de maneira planejada com impacto para a ampliação da produtividade no Brasil. “A mudança na demografia aponta a necessidade de se pensar uma agenda de abertura para se ampliar a produtividade e os ganhos sociais e isso deve ser acompanhado por outras medidas, como investimento em educação e requalificação profissional, o que é destacado pelo estudo. O impacto da globalização vem das mudanças tecnológicas e os países que têm acesso a essas tecnologias mais baratas vão se sair melhor do que aqueles que estão tentando evitar o processo de abertura econômica”, concluiu.
O relatório de Conjuntura “Abertura Comercial para o desenvolvimento Econômico”, elaborado pela Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, tem sido destaque na imprensa nacional e internacional, merecendo análises positivas nos jornais americanos The New York Times e The Wall Street Journal.