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15ª Rodada abre o calendário de leilões de 2018 do Avançar Parcerias
A 15ª Rodada de Blocos Exploratórios vai dar o
start
no cronograma de leilões previstos para 2018 do Avançar Parcerias - Programa de concessões do Governo Federal. A agenda de 2018 está intensa e o setor de energia vai agitar o mercado de óleo e gás com as sessões públicas marcadas para hoje (29), a partir das 9 horas (manhã) e das 14 horas (tarde) - no Rio de Janeiro.
O foco da Rodada é ampliar as reservas das bacias e descentralizar o investimento exploratório no País, aumentando, assim, a participação de empresas de pequeno e médio porte e desenvolvendo a indústria petrolífera. “Nosso objetivo é fixar empresas nacionais e estrangeiras no Brasil, atendendo à demanda local, aos estímulos de boas práticas regulatórias e, principalmente, gerando emprego e renda para a população”, ressalta o diretor de Articulação do PPI, Bruno Eustáquio de Carvalho.
O critério de leilão desse projeto – qualificado na 3ª Reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), no dia 23 de agosto de 2017 - será o de maior outorga e o valor mínimo é de R$ 1,3 bilhão. O edital e o modelo do contrato de concessão foram publicados no dia 26 de janeiro deste ano. O governo espera arrecadar mais de R$ 1 bilhão.
A 15ª Rodada terá duas etapas, uma com os blocos marítimos e outra com os terrestres - cada uma com edital e modelo de contratos próprios. O novo modelo prevê rodadas segmentadas, específicas para os diferentes perfis de empresas.
Serão ofertados 68 blocos nas bacias sedimentares marítimas do Ceará, Potiguar, Sergipe-Alagoas, Campos e Santos e nas bacias terrestres do Parnaíba e do Paraná.
Saiba mais:
Bacias Marítimas
A 15ª Rodada de Licitações – Mar contempla 47 blocos, distribuídos em 7 bacias sedimentares com áreas de elevado potencial e de novas fronteiras exploratórias que se apresentam como oportunidades para grandes e médias empresas.
Bacia de Ceará
Localizada na Margem Equatorial Brasileira, a Bacia do Ceará está limitada a sudeste com a Bacia Potiguar, pelo Alto de Fortaleza; a oeste com a Bacia de Barreirinhas, pelo Alto de Tutóia; a sul, pela faixa de afloramento do embasamento; e a norte, pela Falha Transformante do Ceará, associada à Zona de Fraturas Romanche. Considerando a cota batimétrica de 3.000 metros, a bacia abrange área de aproximadamente 65.000 km², dos quais cerca de 50.000 km² estão submersos.
Bacia do Potiguar
A Bacia Potiguar está localizada no extremo leste da Margem Equatorial Brasileira (Figura 3), estando sua maior parte no Estado do Rio Grande do Norte, e uma pequena parte no Estado do Ceará. Sua área é de 222.699 km2, dos quais cerca de 195.974 km2 correspondem à porção submersa, até o limite das águas territoriais brasileiras. Seu limite geológico a oeste é o Alto de Fortaleza, que a separa da Bacia do Ceará. Já o Alto de Touros marca seu limite geológico a leste, separando-a da Bacia de Pernambuco-Paraíba. Ao Sul, a bacia se assenta sobre o embasamento pré-cambriano da Província Borborema. A espessura sedimentar atinge até 6.000 metros.
Bacia de Sergipe- Alagoas
A Bacia de Sergipe-Alagoas (Figura 4) está situada na margem continental da região nordeste do Brasil, abrangendo parte dos estados de Sergipe e Alagoas. Em mapa, tem forma alongada na direção NE com 350 km de extensão e 35 km de largura média em terra. Apresenta área total de 44.370 km², sendo 31.750 km² em mar até a cota batimétrica de 3.000 m e 12.620 km² na porção terrestre. Limita-se a norte com a Bacia de Pernambuco-Paraíba pelo Alto de Maragogi, e a sul tem seu limite geográfico com a Bacia de Jacuípe representado pela Plataforma de Estância na porção emersa e pelo sistema de falhas do Vaza-Barris na porção oceânica. O limite oeste, com o embasamento cristalino precambriano, é marcado por sistemas de falhas distensionais e estruturas associadas. O limite interno entre as sub-bacias de Sergipe e Alagoas é dado pelo Alto de Japoatã-Penedo.
Bacia de Campos
A Bacia de Campos está situada na Margem Leste Brasileira, região Sudeste do Brasil, e contempla área de aproximadamente 100.000 km² até a cota batimétrica de 3.500 metros. Sua superfície é distribuída ao longo do litoral que banha o Norte do Estado do Rio de Janeiro e o Sul do Estado do Espírito Santo, sendo os seus limites estabelecidos ao Norte, pelo Alto de Vitória, com a Bacia do Espírito Santo; e ao Sul, pelo Alto de Cabo Frio, com a Bacia de Santos.
Bacia de Santos
A Bacia de Santos está localizada na região sudeste do Brasil e abrange os litorais dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Figura 6). Sua área até a cota batimétrica de 3.000 m é de aproximadamente 350.000 km². Geologicamente, segundo Moreira et al. (2007), está limitada a norte com a Bacia de Campos pelo alto de Cabo Frio e a sul com a bacia de Pelotas pelo alto de Florianópolis. O limite oeste da bacia é representado pelos cinturões das serras costeiras (Maciço da Carioca, Serras do Mar e da Mantiqueira) e a leste a bacia se estende até o sopé do Platô de São Paulo (Macedo, 1989).
Bacias Terrestres
A 15ª Rodada de Licitações – Terra contempla 21 blocos, distribuídos em 2 bacias sedimentares com áreas de novas fronteiras exploratória que se apresentam como oportunidades para grandes, médias e pequenas empresas.
Bacia do Parnaíba
A Bacia do Parnaíba está localizada na região nordeste ocidental do território brasileiro (Figura 7), ocupando área de 665.888 km2. Distribui-se pelos estados do Piauí, Maranhão, Pará, Tocantins, Bahia e Ceará. Apresenta forma elíptica, com eixo de maior elongação orientado para NE–SO com um comprimento de aproximadamente 1.000 km. Em seu depocentro, a espessura da coluna sedimentar atinge cerca de 3.500 m (Vaz et al., 2007).
Os limites da bacia dão-se ao Norte pelas bacias de São Luís e Barreirinhas, das quais se separa pelo Arco de Ferrer–Urbano Santos; a Noroeste com a Fossa de Marajó, da qual está separada pelo Arco de Tocantins; e a Sul e a Sudeste por extensões de coberturas de idade pré-cambriana, correlatas à faixa de dobramento Brasília, chamadas “Bacia de São Francisco” e “Bacia dos Lençóis” (Cunha, 1986).
Bacia do Paraná
A bacia intracratônica do Paraná se localiza na porção centro-leste da América do Sul (Figura 8) e abrange área de aproximadamente 1.500.000 km2, dos quais cerca de 1.100.000 km2 se encontram em território brasileiro. Possui forma ovalada, com semi-eixo maior a norte-sul, sendo seu contorno atual definido por limites erosivos relacionados em grande parte à história geotectônica meso-cenozoica do continente (Milani et al., 2007). Abriga em seu depocentro um pacote sedimentarmagmático da ordem de 7.000 metros de espessura, incluindo alguns horizontes com características de rochas geradoras e outros com atributos de reservatório. O registro tectonoestratigráfico da bacia sugere a interação de fenômenos orogênicos nas bordas da placa Sul-Americana, com eventos epirogênicos marcados por épocas de subsidência, soerguimento e magmatismo no interior da placa (Milani e Ramos, 1998).
*Bacias Marítimas e Terrestres | Fonte: Agência Nacional do Petróleo (ANP)