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Reforma da Previdência: entenda o déficit
Rápido envelhecimento da população, redução da natalidade e aumento da expectativa de vida tornam necessárias as alterações nas regras de aposentadoria
Nos últimos anos, o Brasil mudou, e, hoje, o desenvolvimento econômico e social não cabe mais na Previdência Social. As pessoas estão mais velhas, a população vive mais e os casais têm menos filhos. Este processo vai continuar ao longo do tempo.
Há muita gente se aposentando mais cedo no Brasil, com idade e condições de trabalhar. Algumas, em especial nas altas classes do serviço público, aposentam-se ganhando mais de R$ 30 mil. Se continuarmos assim, faltará dinheiro para pagar os benefícios de quem trabalha atualmente e quer receber aposentadoria no futuro.
Com o rápido envelhecimento da população, o cenário é ainda mais preocupante. Isso porque menos crianças estão nascendo e as pessoas vivem mais. Na prática, há poucos trabalhadores para sustentar a aposentadoria de cada vez mais brasileiros. Nesse contexto, a matemática prova que o atual sistema está com os dias contados: as contas da Previdência Social devem atingir, neste ano, um resultado negativo de quase R$ 300 bilhões. Se comparar com o resultado de 2016, que foi de um déficit de R$ 227 bilhões, o crescimento foi vertiginoso.
Se a alteração das regras não acontecer, os gastos serão tão grandes que haverá redução ou até mesmo corte de programas públicos em saúde, educação, saneamento, segurança pública e infraestrutura e até mesmo no pagamento de aposentados e pensionistas. Situação parecida com a vivida pelo Rio de Janeiro, que hoje tem dificuldade em honrar com as folhas de pagamento.
Garantia de direitos
A reforma da Previdência não tira direitos de quem mais precisa, pelo contrário, ela garante um sistema mais justo para todos os brasileiros. As regras atuais, com o pagamento de altas aposentadorias para políticos e para o alto funcionalismo público, criam uma classe de privilegiados que se aposentam muito cedo e com valores que deixam o sistema insustentável. Para acabar com essa desigualdade, a reforma da Previdência vai promover um sistema mais equilibrado e sustentável.