Notícias
Secretário defende ampliação de políticas públicas para diminuir desigualdade racial
O secretário Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Juvenal Araújo, afirmou, nesta segunda-feira (20), que só será possível vencer as desigualdades sociais e raciais no Brasil “por meio de políticas públicas”. A afirmação foi feita durante o programa Por Dentro do Governo, que foi dedicado ao Dia da Consciência Negra.
“Precisamos de políticas públicas, precisamos da responsabilização dos gestores públicos, governadores, prefeitos, todos os gestores colocando como prioridade a política de promoção da igualdade racial”, disse.
Entre as conquistas alcançadas atualmente pelo negro no Brasil, Araújo destacou as cotas nas universidades públicas e a lei que obriga as escolas a ensinarem sobre as religiões de matriz africanas nas aulas de história. “As cotas, além de serem importantes, mostraram sua necessidade, sua eficiência. Hoje nós temos muito mais negros em espaços das universidades que antes.”
Apesar desses avanços, o secretário lembrou que ainda há desafios para garantir que essas medidas sejam aplicadas com eficiência. Segundo Araújo, a demonização das religiões como o candomblé e a umbanda faz que a lei não seja cumprida de fato nas escolas.
Nas universidades, o problema são os casos em que candidatos se autodeclaram negros para fraudar o sistema de cotas. “Só a autodeclaração não é suficiente, as universidades federais têm de criar mecanismos de verificação. Estamos trabalhando para que essa verificação não seja facultativa, mas obrigatória.”
O chefe de gabinete da Secretaria, Diego Moreno, que também participou da entrevista, destacou que ainda prevalece no País a cultura de segregação do negro. “O negro não pode ficar somente nos órgãos de promoção da igualdade racial. O negro tem capacidade para ser um ministro da Fazenda, eventualmente um vice-presidente, um presidente, um prefeito, um governador.”
Consciência Negra
Desde 2003, o dia 20 de novembro é dedicado às celebrações da Consciência Negra. A data foi criada para manter viva a história de Zumbi, líder do Quilombo de Palmares, e da população negra brasileira e para fortalecer o combate ao racismo.
Fonte: Governo do Brasil, com informações da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial