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Funcionário lembra mudanças tecnológicas da Imprensa Nacional
No órgão há 37 anos, Eólo de Oliveira testemunhou as últimas décadas de modernizações e comenta a mais recente delas: o fim da impressão do Diário Oficial da União.
As lembranças transportam o funcionário da Imprensa Nacional, Eólo de Oliveira, 67 anos, de volta ao ano de 1980. Ele se lembra com precisão do dia: em 2 de junho, chegou pela primeira vez ao órgão para trabalhar como bobineiro das máquinas que imprimiam as edições diárias do Diário Oficial da União (DOU).
A função consiste em abastecer as máquinas com bobinas de papel de mais de 1,20m de altura, um trabalho que nenhum dos colegas gostava ou queria fazer, mas Eólo se voluntariou e assumiu a tão rejeitada tarefa. “Aqui, pelo menos, o barulho é menor”, brinca, antes de colocar os fones e inserir mais uma bobina na impressora.
Eólo é o funcionário mais antigo entre os que trabalham, efetivamente, na impressão do DOU. Mesmo antes de entrar para a Imprensa, ele já trabalhava na área gráfica, no Ministério da Fazenda. Mais de 37 anos depois, ele lembra quanta coisa se passou desde que se tornou funcionário da Imprensa Nacional.
“Peguei tantas fases! Eu estava no tempo em que a carteira de trabalho, cédula de voto, título de eleitor e vários outros documentos eram impressos aqui. Com o passar do tempo, eles foram se extinguindo, por conta das tecnologias. Nessa minha vida, eu passei por muitas mudanças tecnológicas”, conta.
Mesmo admitindo que vai sentir saudades do trabalho, Eólo vê as mudanças com naturalidade. “É um processo natural, não tem como fugir. A tecnologia vai sempre progredindo mais e mais. Se a gente não se reciclar também, ficamos parados no tempo.”
Todas as mudanças e revoluções tecnológicas nunca impediram Eólo de se adaptar e ser um funcionário exemplar. Ele garante que, em todos esses anos, o trabalho sempre esteve “em primeiro lugar” em sua vida. “Nem mesmo em feriados ou finais de semana eu gostava de ficar em casa.”
Com o fim das impressões do DOU, nesta sexta-feira (1°), o funcionário dedicado se prepara para uma nova fase de sua vida: a aposentadoria. “Já estou sentindo muita saudade, porque isso aqui foi minha vida; mas cheguei em um ponto no qual preciso parar. A minha idade também pede isso. No ano que vem, vou me aposentar”, revela, emocionado.
Fonte: Governo do Brasil