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Empresas estatais ganham eficiência e registram maior lucro desde a recessão
Resultados positivos vieram diante do corte de gastos e ambiente econômico favorável aos investimentos.
Empresas estatais superam crise e voltam a dar lucro.
Mudança na governança das empresas estatais, gestão mais eficiente e medidas de transparência mudaram a realidade das companhias brasileiras para melhor. Dados do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão mostram que o lucro dessas empresas passou de R$ 8,7 bilhões no terceiro trimestre de 2016 para R$ 23,2 bilhões neste ano – um aumento de 167%.
Entre os destaques, o maior crescimento foi registrado pelo Banco do Brasil. No período, a instituição cresceu 11%, ao registrar um lucro líquido de R$ 7,9 bilhões. Em seguida, a Petrobras conseguiu reverter um prejuízo de R$ 15,8 bilhões nos primeiros nove meses do ano passado, para um lucro de R$ 5,7 bilhões neste ano.
Diante das mudanças aplicadas pelo Governo do Brasil, a confiança dos investidores aumentou e os recursos voltaram a ser aplicados no mercado financeiro e nas empresas estatais. Em valor de mercado, as estatais voltaram a se valorizar nos últimos 12 meses.
No período, por exemplo, o valor de mercado da Petrobras saltou 7,8%, de R$ 188,6 bilhões para os atuais R$ 203,3 bilhões. Já o Banco de Brasil registrou um resultado impressionante: seu valor de mercado subiu R$ 34,6 bilhões do ano passado para cá, marcando atualmente R$ 100 bilhões.
Eficiência e gestão
A retomada do crescimento dessas empresas foi ocasionada pelo ambiente positivo da economia brasileira e pela redução de gastos com pessoal. A responsabilidade na gestão das companhias estatais também foram determinantes para os resultados.
Nesse último caso, a mudança veio por meio da Lei de Responsabilidade das Estatais. Sancionada ainda em 2016, essa legislação prevê regras mais duras e transparentes para nomeação de cargos estratégicos das empresas estatais. Ela proíbe nomeações políticas para cargos técnicos e de alta relevância, o que possibilita uma direção mais pragmática e eficiente das empresas.
Já na diminuição de custos, os esforços valeram a pena. De janeiro a setembro, foram eliminadas 26,3 mil vagas nas empresas estatais em relação ao mesmo período do ano passado, e menos 43 mil empregados na comparação com 2015. Ao mesmo tempo, o número de empresas estatais diminui no Brasil, caindo de um total de 154 no ano passado para 149 em 2017.
“Enxugar quadros faz parte do esforço que estamos realizando no sentido de recuperar e aumentar a sustentabilidade das empresas, reduzir custos e aproximá-las cada vez mais dos valores de mercado”, afirmou o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Fernando Ribeiro Soares, em entrevista a jornalistas.
Os principais cortes ocorreram na Caixa Econômica Federal (- 7,2 mil empregados), Correios (-7,1 mil empregados), Petrobras (-4, 01 mil empregados) e Banco do Brasil (-2,6 mil empregados). Esses números compreendem cargos de confiança e programas de demissão voluntária.
"As empresas estatais passam por uma reavaliação contínua, sempre na visão de gerar mais resultados para a sociedade”, apontou o secretário. Na estimativa dele, haverá menos 500 mil cargos nas empresas estatais, o que aumenta a sustentabilidade e eficiência das empresas.
Fonte: Governo do Brasil, com informações do Ministério do Planejamento