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Cerca de 25 mil veículos passam diariamente pelo trecho que ficou conhecido como um dos mais perigosos do país
Duplicação da Régis Bittencourt deve melhorar tráfego e reduzir acidentes no sudoeste de SP
A duplicação do trecho mais perigoso da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116) está pronta, após cinco anos em obras. Nesta última etapa estão sendo liberados 10 quilômetros de pista (outros 20 já haviam sido entregues) entre os
municípios de Juquitiba/SP e Miracatu/SP. O investimento total foi de R$ 1,3 bilhão - feito pela concessionária (Grupo Arteris) que administra a via há 10 anos.
Cortando a floresta, passando pelo meio das rochas, 4 túneis e 39 pontes e viadutos foram construídos. Essa nova estrutura vai atender pelo menos 25 mil veículos que passam diariamente pela Serra do Cafezal. Cerca de 60% deste
movimento são de caminhões.
Por mais de cinco décadas, o trecho agora duplicado foi considerado um dos mais perigosos das rodovias brasileiras. A duplicação traz a expectativa de redução dos congestionamentos e de ocorrências graves na região. Neste ano 76 pessoas morreram em acidentes na via. Em 2012 esse número chegou a 175.
O trecho de Miracatu ficou por último na duplicação porque, até 2011, a concessionária não tinha a licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para fazer a duplicação. A licença só saiu no fim de 2012 e as obras
começaram no ano seguinte. Plantas e de animais foram transferidas para outras reservas.
“Essa obra vai trazer segurança e desenvolvimento econômico. A Régis Bittencourt, além de servir de acesso aos portos de Santos e Paranaguá, é um corredor do Mercosul. Tudo o que é produzido na Argentina, no Uruguai
e no Paraguai passa pela estrada para chegar aos maiores polos consumidores do Brasil”, explica o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, que conduz as parcerias do Governo Federal com a iniciativa privada.
Agora, é Avançar Parcerias – Criado pelo Governo Federal em 2016 com o nome “Crescer”, o agora denominado “Avançar Parcerias” é o programa que faz o elo entre o poder público e a iniciativa privada. Em pouco mais de 1 ano e meio foram qualificados 145 projetos. Deste total, praticamente 50% estão concluídos. A estimativa de investimentos ultrapassa o valor de R$ 141 bilhões e as outorgas somam R$ 28 bilhões. Para 2018 estão previstos leilões de ferrovias, entre elas a Norte-Sul, e de 13 aeroportos.