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Parcerias com a Sociedade Civil
Painel 06 - Impactos econômicos, políticos e sociais da atuação das OSC
- Foto: José Gonçalo
Coordenado por Nilton César da Silva - Casa do Beco/Confoco, o painel começou com a palestra de Silvia Daskal, da Sitawi, uma organização que atua no desenvolvimento de soluções financeiras inovadoras para impacto socioambiental positivo. Silvia destacou, a partir da apresentação de dados, sobre a importância das organizações da sociedade civil - também conhecidas como “Terceiro Setor” - para o PIB no Brasil.
Geração de 6 milhões de empregos
Silvia sublinhou a importância da sociedade civil no Brasil, de modo que somente as atividades das organizações da sociedade civil contribuem 4,27% do PIB brasileiro. “Isso corresponde a quase a participação da Agricultura, setor tão importante para o país”, destacou. O setor da agricultura corresponde a 4,57%. Outro destaque feito por Silvia é sobre a capacidade de geração de empregos pelas organizações da sociedade civil, que geram no Brasil cerca de 6 milhões de empregos.
Importância da sociedade civil
Tamara Kallsem, representante da Frente Popular Dario Santillan da Argentina, compartilhou sua experiência com o projeto argentino que se assemelha às “cozinhas solidárias”. Ela ressaltou a importância da sociedade civil nesse momento tão delicado que o país está passando, sublinhando que projetos como a cozinha solidária são fundamentais na vida de muitas famílias que estão sem condições financeiras para custear uma alimentação adequada. “Muitas pessoas estão sem comer na Argentina por causa da crise. Por isso a importância da sociedade civil”, ressaltou.
Divulgação do trabalho das OSC
Christiane Sampaio, coordenadora executiva da organização Sociedade Viva, falou sobre a missão da OSC de mostrar a importância e o impacto do trabalho das Organizações da Sociedade Civil para a população e para a democracia brasileira. Diversas instituições representativas do Terceiro Setor no Brasil se organizaram em rede para compor esta iniciativa de repercutir os impactos positivos das OSC na sociedade brasileira, como ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos), ABONG (Associação Brasileira das Organizações não governamentais), GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), Plataforma MROSC (Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil), Observatório do Terceiro Setor e Movimento por uma Cultura de Doação.
Christiane também lembrou que grande parte da população brasileira desconhece o trabalho das OSC, o que aumenta o processo de desqualificação e criminalização que enfrentam. A diretora executiva lembrou que grande parte da população conhece as OSC como ONG, mas isso é irrelevante, sendo mais importante a divulgação do trabalho da sociedade civil para combater a criminalização.
Esporte Direito Social
Andrea Nascimento Ewerton, Diretora de Paradesporto de Alto Desempenho – DPAD do Ministério do Esporte, lembrou que o esporte é um direito social, estando tipificado como tal na constituição federal. Infelizmente, a palestrante evidencia que o campo não recebe a devida atenção no Brasil. A diretora expõe que o governo espera reverter essa visão a partir da conscientização da importância do esporte na vida das pessoas e na economia brasileira.
Criminalização das OSC
Miguel de la Vega da UnidOSC do México falou sobre a criminalização das OSC, cenário recorrente em vários países. “Existem governos em todo mudo que atuam contra a sociedade civil. Agora que o MROSC faz 10 anos, não é o fim, é o começo para melhorar”, disse. Miguel também destacou a perseguição a jornalistas e defensores de causas sociais. “O Brasil é um dos países com maior número de assassinatos de ativistas no mundo. A disseminação da informação correta é essencial para que isso mude”.
O painel encerrou com perguntas feitas pela plateia.
O III Seminário Internacional MROSC aconteceu entre 31 de julho e 02 de agosto. Confira a cobertura completa em www.gov.br/secretariageral/pt-br/dialogos/parcerias/seminario