Notícias
SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Guardiões da natureza na luta pelo meio ambiente e pela garantia da segurança alimentar e nutricional
Contínuo subsídio aos combustíveis fósseis, práticas agrícolas insustentáveis, empobrecimento do solo. São quase US$ 7 trilhões por ano de subsídios governamentais e privados investidos mundialmente de forma negativa na natureza, somando cerca de 7% do PIB Global. Os dados são do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que integram o relatório “Estado das Finanças para a Natureza”, de 2023 que acompanha as tendências globais em investimento público e privado em soluções baseadas na natureza. O documento afirma que estamos numa emergência planetária e que as crises inter-relacionadas de perda de biodiversidade, degradação da terra e mudança do clima, impulsionada pela produção insustentável e consumo, exigem urgente e imediata ação global.
No dia que celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, 05 de junho de 2024, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) lembra que a 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (6ª CNSAN), realizada em dezembro de 2023, trouxe para o debate a importância da preservação do meio ambiente como uma das medidas fundamentais para erradicar a fome e garantir a soberania e a segurança alimentar e nutricional.
No Manifesto da 6ª CNSAN à sociedade brasileira sobre “Erradicar a fome e garantir direitos com comida de verdade, democracia e equidade”, os participantes da conferência destacaram a urgência de se considerar os bens da natureza como a água, a terra e a biodiversidade como bens comuns e não de mercado, e por esta razão devem ser protegidos para enfrentar as mudanças climáticas e garantir a vida desta e das próximas gerações.
O documento ainda apresenta a urgência na implementação de ampla transição agroecológica e energética com participação popular e justiça socioambiental. “Urge recuperar áreas para a produção de nossos alimentos básicos. A produção de alimentos em base agroecológica, além de saudável, porque é livre de venenos, é essencial para enfrentar o aquecimento global”. O manifesto é um dos produtos da 6º CNSAN que deve contribuir com a construção do 3º Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – III PLANSAN.
“O meio ambiente é vida, é sustentabilidade, é alimentação, é a nossa casa, o nosso bem comum. Somos guardiões da natureza, porque cuidamos e vivemos nela. Não comercializamos o nosso território, não vendemos o meio ambiente, nós precisamos protegê-lo”, ressalta o presidente da Associação do Povo Indígena Krahô-Kanela (APOINKK), cacique da aldeia Catàmjê, Wagner Katamy Krahô-Kanela.
Nos dias 7 e 8 de maio de 2024, o Consea discutiu o cenário da crise climática, sob o ponto de vista dos sistemas alimentares e da segurança alimentar e nutricional. Um dos painéis contou com a participação de especialistas da sociedade civil e do governo federal para a discussão sobre o enfrentamento da crise climática, as causas, as consequências e o desenvolvimento de estratégias para mitigar as mudanças climáticas e garantir a segurança alimentar da população. A mudança climática amplifica a magnitude e a probabilidade de consequências adversas para a segurança alimentar e a nutrição. Os debates evidenciaram que as mudanças climáticas geram graves riscos para a segurança alimentar e nutricional que impactam negativamente na renda das famílias, saúde, mobilidade, segurança hídrica, mudanças nos ecossistemas, na biodiversidade e infraestrutura, amplificando os impactos uns dos outros.
Representantes da sociedade civil ainda discutiram sobre a necessidade de medidas a curto, médio e longo prazos que promovam uma reparação para os povos historicamente marginalizados, que seja embasada em um modelo sustentável transversal, que possa unir a agroecologia a outros direitos, como educação, saúde e alimentação adequada e saudável.
No Brasil, segundo a rede colaborativa de mapeamento e monitoramento das superfícies, a MapBiomas, mais de 20% do que restou da vegetação nativa do país está sob proteção dos povos originários, mas esses territórios são cada vez mais visados para novos projetos de exploração de recursos naturais e minerais.
A Ministra de Estado dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, agradeceu ao Consea pelo debate e ratificou a necessidade do equilíbrio social, econômico e ambiental para a agenda climática e disse que os Povos Indígenas são imprescindíveis nesse debate, pois são eles os guardiões da natureza. “Não podemos colocar a culpa nas chuvas, mas devemos olhar para tudo que os seres humanos estão causando à Terra. Da nossa ganância em pensar em lucros e não em pessoas”.
Contínuo subsídio aos combustíveis fósseis, práticas agrícolas insustentáveis, empobrecimento do solo. São quase US$ 7 trilhões por ano de subsídios governamentais e privados investidos mundialmente de forma negativa na natureza, somando cerca de 7% do PIB Global. Os dados são do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que integram o relatório “Estado das Finanças para a Natureza”, de 2023 que acompanha as tendências globais em investimento público e privado em soluções baseadas na natureza. O documento afirma que estamos numa emergência planetária e que as crises inter-relacionadas de perda de biodiversidade, degradação da terra e mudança do clima, impulsionada pela produção insustentável e consumo, exigem urgente e imediata ação global.
No dia que celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, 05 de junho de 2024, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) lembra que a 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (6ª CNSAN), realizada em dezembro de 2023, trouxe para o debate a importância da preservação do meio ambiente como uma das medidas fundamentais para erradicar a fome e garantir a soberania e a segurança alimentar e nutricional.
No Manifesto da 6ª CNSAN à sociedade brasileira sobre “Erradicar a fome e garantir direitos com comida de verdade, democracia e equidade”, os participantes da conferência destacaram a urgência de se considerar os bens da natureza como a água, a terra e a biodiversidade como bens comuns e não de mercado, e por esta razão devem ser protegidos para enfrentar as mudanças climáticas e garantir a vida desta e das próximas gerações.
O documento ainda apresenta a urgência na implementação de ampla transição agroecológica e energética com participação popular e justiça socioambiental. “Urge recuperar áreas para a produção de nossos alimentos básicos. A produção de alimentos em base agroecológica, além de saudável, porque é livre de venenos, é essencial para enfrentar o aquecimento global”. O manifesto é um dos produtos da 6º CNSAN que deve contribuir com a construção do 3º Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – III PLANSAN.
“O meio ambiente é vida, é sustentabilidade, é alimentação, é a nossa casa, o nosso bem comum. Somos guardiões da natureza, porque cuidamos e vivemos nela. Não comercializamos o nosso território, não vendemos o meio ambiente, nós precisamos protegê-lo”, ressalta o presidente da Associação do Povo Indígena Krahô-Kanela (APOINKK), cacique da aldeia Catàmjê, Wagner Katamy Krahô-Kanela.
Nos dias 7 e 8 de maio de 2024, o Consea discutiu o cenário da crise climática, sob o ponto de vista dos sistemas alimentares e da segurança alimentar e nutricional. Um dos painéis contou com a participação de especialistas da sociedade civil e do governo federal para a discussão sobre o enfrentamento da crise climática, as causas, as consequências e o desenvolvimento de estratégias para mitigar as mudanças climáticas e garantir a segurança alimentar da população. A mudança climática amplifica a magnitude e a probabilidade de consequências adversas para a segurança alimentar e a nutrição. Os debates evidenciaram que as mudanças climáticas geram graves riscos para a segurança alimentar e nutricional que impactam negativamente na renda das famílias, saúde, mobilidade, segurança hídrica, mudanças nos ecossistemas, na biodiversidade e infraestrutura, amplificando os impactos uns dos outros.
Representantes da sociedade civil ainda discutiram sobre a necessidade de medidas a curto, médio e longo prazos que promovam uma reparação para os povos historicamente marginalizados, que seja embasada em um modelo sustentável transversal, que possa unir a agroecologia a outros direitos, como educação, saúde e alimentação adequada e saudável.
No Brasil, segundo a rede colaborativa de mapeamento e monitoramento das superfícies, a MapBiomas, mais de 20% do que restou da vegetação nativa do país está sob proteção dos povos originários, mas esses territórios são cada vez mais visados para novos projetos de exploração de recursos naturais e minerais.
A Ministra de Estado dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, agradeceu ao Consea pelo debate e ratificou a necessidade do equilíbrio social, econômico e ambiental para a agenda climática e disse que os Povos Indígenas são imprescindíveis nesse debate, pois são eles os guardiões da natureza. “Não podemos colocar a culpa nas chuvas, mas devemos olhar para tudo que os seres humanos estão causando à Terra. Da nossa ganância em pensar em lucros e não em pessoas”.