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SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Consea participa da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
- Foto: CONSEA
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) marcou presença na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5CNCTI), que foi realizada de 30 de julho a 1º de agosto, em Brasília. A presidenta do Consea, Elisabetta Recine, representou o Conselho na mesa temática sobre “Agroecologia sustentável e competitiva” e participou das discussões para a elaboração de uma agenda de pesquisa comprometida com a soberania e segurança alimentar e nutricional, fundamental para a erradicação da fome, das diversas formas de má-nutrição e de respostas às crises climáticas.
Após 14 anos sem ser realizada, a 5CNCTI, organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, teve como principal desafio discutir com a sociedade as necessidades na área de CT&I e propor recomendações para a elaboração de uma nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) até 2030.
A presidenta Elisabetta Recine apresentou as propostas aprovadas na 6ª Conferência Nacional que se relacionavam com o tema da mesa e ainda o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, sistema responsável por articular as políticas públicas de forma progressiva para a realização do direito humano à alimentação adequada. Ressaltou os pilares da intersetorialidade, do controle e da participação social, ações realizadas pelo Consea. Lembrou da experiência do Brasil no combate à fome, em especial da importância da sociedade civil nesse processo, pois a partir de suas estratégias desenvolvidas localmente que a gestão pública tem a possibilidade de incorporar esses saberes na política e destacou que é no âmbito do Consea que essas estratégias são detalhadas, aproximando-se de diversos segmentos.
Segundo Elisabetta, “Nesse caminho de reforçar o que é a inteligência coletiva do nosso país, é necessário apoiar e reforçar a ciência, a tecnologia e a inovação, mas é necessário haver uma ecologia de saberes pois muitas das respostas que procuramos e precisamos para os desafios atuais estão nos conhecimentos e práticas ancestrais dos nossos povos indígenas e povos e comunidades tradicionais”
O representante do setor de produção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Diego Moreira, enfatizou que “agroecologia não é opção, mas sim condição para preparar o planeta para nós, e para existirmos como humanidade”, em especial, frente às emergências climáticas, à fome e à insegurança alimentar. Destacou a necessidade de sete insumos indivisíveis para construir convergências e políticas de Estado capazes de enfrentar esses problemas. Esses insumos seriam: terra e território, sementes, bioinsumos, mecanização da agricultura familiar, crédito, comercialização, assistência técnica.
Também participaram do debate sobre agroecologia Mariângela Hungria, membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), e Claudia Buzzette Calais, diretora executiva da Fundação Bunge.
Confira abaixo a íntegra da Mesa Temática “Agroecologia sustentável e competitiva”:
*Com informação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação