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Revista mostra relação entre consumo de alimentos processados e risco de obesidade
Revista mostra relação entre consumo de alimentos processados e risco de obesidade
A reportagem de capa da edição de março da revista “Pesquisa Fapesp”, publicada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, apresenta avaliações de nutricionistas sobre consumo de produtos ultraprocessados e o risco de desenvolver obesidade, hipertensão e câncer.
A revista aborda os impactos que esses produtos alimentícios industriais podem gerar na saúde humana e detalha a proposta de reclassificação dos alimentos apresentada em 2009 pelo epidemiologista Carlos Augusto Monteiro, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP). Pela proposta, a classificação dos alimentos deve ser feita com base no grau de processamento, e não mais a partir de macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras).
“Essa classificação permite enxergar atributos dos alimentos que vão além da composição nutricional, como a hiperpalatabilidade, que leva as pessoas a comerem além do ponto em que estariam satisfeitas”, afirma a nutricionista Inês Rugani, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e integrante do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
Para a epidemiologista Chantal Julia, pesquisadora da Universidade Paris 13 e uma das autoras do estudo do qual participou o professor Carlos Monteiro, além de apresentarem níveis mais altos de sal, açúcar e gordura, os ultraprocessados contêm aditivos e compostos que se formam durante o processamento industrial e podem ter impacto na saúde.
“Ao reunir um grupo variado de alimentos na categoria de ultraprocessados, criou-se um indicador-síntese, que permite conhecer melhor a qualidade da dieta das pessoas”, completa Inês, Rugani, membro da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).
Com base na nova classificação, o Ministério da Saúde elaborou em 2014 o Guia Alimentar para a População Brasileira, distribuído a 60 mil educadores e profissionais da saúde. O documento recomenda o consumo abundante de alimentos “in natura” e que se evitem os produtos ultraprocessados.
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Fonte: Ascom/Consea