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Relatório documenta intoxicação aguda devido ao uso de agrotóxicos
A organização internacional de direitos humanos Human Rights Watch divulgou relatório nesta sexta-feira (20) em que documenta a intoxicação aguda devido ao uso de agrotóxicos em sete localidades rurais do Brasil, incluindo comunidades quilombolas, indígenas e escolas, diz reportagem publicada pelo site G1.
O relatório "Você não quer mais respirar veneno" traz recomendações para órgãos do governo federal, como os Ministérios da Fazenda e da Saúde. Além da denúncia com relação à intoxicação aguda dos entrevistados, o texto também expõe o fato de que os pesticidas muitas vezes são pulverizados sem respeitar os limites em relação à comunidade – há uma "zona de segurança" que deve ter pelo menos 500 metros até povoações, cidades, vilas, bairros e mananciais de captação de água para abastecimento.
O documento reforça também a posição da Human Rights Watch, que junto com outras entidades, é contra o projeto de lei quer mudar legislação dos agrotóxicos no Brasil.
O artigo traz entrevistas com moradores da Bahia, Pará, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás. No estudo, 73 pessoas foram entrevistadas. Entre os sintomas relatados, estão: vômito, diarreia, dormência, irritação nos olhos, dor de cabeça e tontura.
De acordo com a diretora da Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu, além dos registros de intoxicação, na maioria das regiões da pesquisa foram relatados casos de intimidação.
"Não existe nenhuma proibição no Brasil semelhante [à aérea] para a pulverização terrestre. Ou seja: é legal que um agricultor ou fazendeiro pulverize agrotóxico do lado da sala de aula, por exemplo".
O relatório faz uma série de recomendações para diferentes órgãos.
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Fonte: Ascom/Consea, com informações do site G1