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Instituto Alana lança campanha contra publicidade infantil na Páscoa
Com a proximidade da Páscoa, celebrada este ano no dia 1º de abril, as mídias em geral, ficam repletas de publicidades de ovos de chocolate, muitos deles, direcionados ao público infantil. Personagens, venda casada de brinquedos, muitos deles colecionáveis, são apenas alguns dos apelos utilizados pelas empresas para chamar a atenção das crianças, na tentativa de persuadi-las ao consumo.
Para estimular a sociedade a pedir às empresas de chocolates que não anunciem para crianças, o programa Criança e Consumo, do Alana, promove a campanha “Anuncia pra Mim”, em que pais, mães ou responsáveis enviam uma carta virtual às empresas exigindo que os anúncios sejam direcionados a eles, e não aos pequenos.
A campanha se baseia no consenso de especialistas que as crianças, em razão da fase peculiar de desenvolvimento que vivenciam não conseguem entender o caráter persuasivo das mensagens publicitárias. Além disso, a publicidade de alimentos de baixo valor nutricional, como ovos de chocolates, por exemplo, é considerada por organizações internacionais de saúde como um dos fatores que contribui para a obesidade infantil.
De 2008 a 2013, houve um aumento de 80% no número de crianças obesas no Brasil. A publicidade direcionada ao público infantil estimula também o estresse familiar, já que as crianças são estimuladas pela indústria a pedir esses produtos aos seus pais insistentemente. Vale ressaltar que de 2016 a 2017, em plena crise econômica, o consumo de ovos de Páscoa aumentou 38%.
“A publicidade direcionada a crianças já é considerada abusiva, e, portanto, ilegal pelo Código de Defesa do Consumidor. Mas as empresas seguem desrespeitando, por isso a campanha é uma maneira do setor saber que a sociedade não aceita mais publicidade infantil”, ressalta Ekaterine Karageorgiadis, coordenadora do programa Criança e Consumo, que também é conselheira do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
Clique aqui para pedir para que as empresas anunciem para os adultos.
Fonte: Criança e Consumo