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Guerras e desastres naturais deixam 124 milhões de pessoas em fome aguda
As guerras e os desastres naturais provocaram o aumento dos níveis de “fome aguda” no mundo, onde 124 milhões de pessoas, em 51 países, precisam de ajuda urgente para não morrer – o alerta é de um relatório elaborado pelas Nações Unidas, pela União Europeia e por outras organizações, informa reportagem da revista Istoé.
Este dado, em 2017, era de 108 milhões em 48 países, segundo o último Informe Mundial sobre crises alimentares. A situação tende a se agravar, sobretudo, pelos conflitos em Mianmar, na Nigéria, no Iêmen e no Sudão do Sul, além da seca que castiga boa parte do continente africano.
Elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), pela União Europeia e por outras organizações internacionais especializadas, o relatório define “a insegurança alimentar aguda de uma severidade tal que represente uma ameaça imediata para a vida das pessoas”.
O estudo considera que as crises alimentares estão cada vez mais determinadas por causas complexas como são os conflitos, os fenômenos meteorológicos extremos e os elevados preços dos alimentos básicos – fatores estes que, com frequência, coincidem.
“Devemos reconhecer e abordar o vínculo entre a fome e os conflitos, se quisermos alcançar a fome zero. Investir em segurança alimentar e meios de subsistência em situações de conflito salva vidas, fortalece a resiliência e também pode contribuir para a manutenção da paz”, afirmou o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva.
Fonte: Ascom/Consea, com informações da revista Istoé