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Função social dos profissionais de nutrição é tema de roda de conversa no Conbran 2018
Professores, estudantes e profissionais de nutrição debateram sobre o alimento como mercadoria ou direito humano na manhã desta quinta-feira (19) no 25° Congresso Brasileiro de Nutrição (Conbran), em Brasília. O acesso ao alimento no currículo de formação do nutricionista e a atuação do controle social abriu a roda de conversa na Tenda Josué de Castro.
O mestre em Saúde Coletiva, Marcelo Sipioni, levantou a reflexão de que é preciso desfazer a ideia de ver o alimento como mercadoria e transformar em um bem maior como um direito. Ele destacou que esse modo de pensar começa na universidade que forma os alunos para o mercado, esquecendo-se do papel social das profissões. “É preciso entrar, nas nossas práticas educativas em educação alimentar e nutricional, que comer é um ato político”, afirmou. Ele disse ainda que é necessário ir além de explicar as diretrizes do Guia Alimentar da População Brasileira. “É preciso que a gente agregue isso as nossa falas: compra na feira, compra alimentos agroecológicos, pergunta de onde vem o alimento, escolha alimentos que sejam produzidos no local”.
Para Milena Felix, estudante da Universidade Federal de Pernambuco, falta conhecimento sobre a origem e produção dos alimentos. Ela também destacou a importância dos alunos formados em instituições públicas darem um retorno para a sociedade. “No contexto que a gente vive, é uma federal mas não dá retorno para o povo; onde a clínica é vista de uma forma maravilhosa, principalmente a parte mais esportiva e dos consultórios. Mas a carga horária para a saúde pública, para a agroecologia, para a educação alimentar e nutricional é mínima”, afirma a estudante.
O debate sobre temas relacionados à segurança alimentar e nutricional no contexto social continua na sexta-feira (20).“Cultura e soberania alimentar: do que estamos falando e do que precisamos”estará no centro das discussões a partir das 10h30. Na parte da tarde, às 16h, será feita uma homenagem para lutadoras e lutadores em segurança alimentar e nutricional no Brasil.
Fonte: Ascom/Consea