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Fórum Alternativo Mundial da Água divulga declaração final do encontro
Na declaração, os participantes criticam e questionam o Fórum Mundial da Água, realizado também em Brasília no mesmo período. Imagem: Fama
O Fórum Alternativo Mundial das Águas (Fama), que ocorreu entre sábado (17) e esta quinta-feira (22), em Brasília, divulgou a declaração final do encontro, reunindo os resultado de debates e encaminhamentos.
“Declaramos para toda a sociedade o que acumulamos após muitos debates, intercâmbios, sessões culturais e depoimentos ao longo de vários meses de preparação e nestes últimos dias aqui reunidos”, diz o documento.
“Somos mais de 7 mil trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, das águas e das florestas, representantes de povos originários e comunidades tradicionais, articulados em 450 organizações nacionais e internacionais de todos os continentes”, afirmam.
“Somos movimentos populares, tradições religiosas e espiritualidades, organizações não governamentais, universidades, pesquisadores, ambientalistas, organizados em grupos, coletivos, redes, frentes, comitês, fóruns, institutos, articulações, sindicatos e conselhos”, declaram.
“Na grandeza dos povos, trocamos experiências de conhecimento, resistência e de luta, e estamos conscientes que a nossa produção é para garantir a vida e sua diversidade, estamos aqui criando unidade e força popular para refletir e lutar juntos e juntas pela água e pela vida nas suas variadas dimensões”, lembra o documento.
Na declaração, os participantes criticam e questionam o Fórum Mundial da Água, realizado também em Brasília no mesmo período. “Também estamos aqui para denunciar a 8º edição do Fórum Mundial da Água (FMA), o Fórum das Corporações, evento organizado pelo chamado Conselho Mundial da Água, como um espaço de captura e roubo das nossas águas”.
Segundo o documento aprovado pelos participantes, “o Fórum e o Conselho são vinculados às grandes corporações transnacionais e buscam atender exclusivamente a seus interesses, em detrimento dos povos e da natureza”.
A declaração final também registra análises de contexto, condena as estratégias das corporações para a água, denuncia grandes empresas transnacionais, reafirma propostas, revela os planos de ações e lutas e, concluindo, faz uma conclamação à sociedade: “Convocamos todos os povos a lutar juntos para defender a água. A água não é mercadoria. A água é do povo e pelos povos deve ser controlada”.
Clique aqui para ler a Declaração Final.
Fonte: Ascom/Consea